Fundação Araucária realiza Seminário de Avaliação do PPSUS 05/12/2012 - 14:30

Nos dias 05, 06 e 07 de dezembro, serão avaliados os resultados de 105 projetos da área de saúde.

A Fundação Araucária em parceria com o Ministério da Saúde, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (SESA/PR) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), realiza nos dias 05, 06 e 07 de dezembro, o II Seminário de Avaliação do Programa PPSUS – Gestão Compartilhada em Saúde. A abertura foi realizada, terça-feira (05), pela a diretora científica da Fundação Araucária, Dra. Janesca Alban Roman e pelo diretor administrativo e financeiro, José Carlos Gehr, que na oportunidade representava o presidente da Fundação Araucária, Dr. Paulo Brofman.

O objetivo é avaliar os projetos contratados pela Fundação Araucária, submetidos nas chamadas públicas 08/2009 e 08/2010, ambos do Programa de Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde (PPSUS). Durante o evento, serão apresentados os resultados de 105 projetos de pesquisa na área de saúde, realizados no estado do Paraná nos últimos dois anos. Os projetos serão avaliados por bancas compostas de um pesquisador(a) do Estado, um pesquisador(a) de fora do Estado, um(a) representante do Departamento de Ciência e Tecnologia (DECIT) do Ministério da Saúde e um(a) representante da Secretaria de Estado da Saúde (SESA/PR).

O PPSUS é realizado há 10 anos e com recorrente sucesso no território nacional. O programa possui a premissa de não ser estritamente científico, o escopo do programa é voltado para o serviço público de saúde, com a finalidade de resolver problemas de saúde da população e promover melhorias nos serviços já prestados. Então, quando a pesquisa é finalizada pelo coordenador, os mesmos devem transmitir as informações aos técnicos da Secretaria de Saúde do estado, para que eles possam filtrar as melhores experiências que as pesquisas trouxeram; e assim conseguir incorporar, compor ou melhorar algum serviço ou prática de saúde.

No Paraná, o Programa começou com um edital pequeno em 2004, logo depois foram lançados editais em 2006, 2008 e 2012. Por se tratar de um edital que é construído a quatro mãos, sendo: CNPq que é o gerente técnico administrativo, a Fundação Araucária que é a instituição que administra o programa a nível estadual, o Ministério da Saúde instituição fomentadora de recursos e a Secretaria Estadual de Saúde instituição parceira, que colabora na indicação de temas e problemas do sistema público de saúde, que poderiam ser resolvidos com a pesquisa ou implantação de serviços.

Em 2004, o valor de investimento foi de R$ 750 mil, sendo R$ 900 mil em 2006 e R$ 6 milhões em 2010; e a previsão para 2013 é de um financiamento no valor de R$ 5 milhões. No ano de 2011, houve uma edição especial do programa, chamado PPSUS-Rede, no valor de R$ 3,6 milhões. O PPSUS-Rede era voltado para o atendimento ao Decreto 75/08, no qual reorganiza a estrutura do Sistema Único de Saúde com o objetivo de que a ciência e a pesquisa auxiliasse os estados na construção de uma Rede de Atenção à Saúde. O Paraná ficou entre os 10 estados do país, que foram escolhidos pelo ministro da saúde para ser contemplado por este edital.

De acordo com o coordenador geral do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Luiz Marques Campelo, o Paraná possui potencial científico e tecnológico muito grande e a comprovação deste potencial é o investimento crescente dos editais do PPSUS. “Os ótimos resultados que temos no Paraná, demonstra a eficiência da Fundação Araucária na composição destes editais e da comunidade científica do Paraná, que possui demanda para este tipo de recurso”, ressalta.

Para a pesquisadora da linha de pesquisa “Prevenção em Odontologia”, Ana Claúdia Rodrigues Chibinski, o PPUS é a oportunidade de colocar a pesquisa a serviço da comunidade. O projeto dela iniciou em 2009, com o objetivo principal de testar um procedimento odontológico de redução da dentina cariada, mantendo a vitalidade e a longevidade do dente, sem que fosse necessário a exclusão do dente.

“Trabalhamos com dente de leite de crianças em Ponta Grossa e conseguimos através do projeto, concluir de que há realmente a possibilidade remoção do tecido cariado, então a nossa hipótese inicial de trabalho foi comprovada. A partir daí, nós vamos poder evitar em nível de saúde pública procedimentos odontológicos mais complexos, mais caros e demorados; gerando economicidade no sistema público de saúde”.

No total foram 33 crianças atendidas em Ponta Grossa, o projeto terá continuidade em 2013, pois a segunda fase está aprovada no edital PPSUS/2012 e a metodologia desenvolvida no projeto será levada para a saúde pública, com a diferença que agora trata-se de um projeto multicêntrico que envolve Curitiba, Maringá e Ponta Grossa, e o trabalho será realizado em conjunto com os profissionais que atuam diretamente na rede pública.

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