Ministro da Ciência e Tecnologia confirma, em Fórum do Confap, que não haverá corte de recursos 27/05/2013 - 16:50

O Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp, aproveitou o Fórum do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) em São Paulo, para tranquilizar os dirigentes das entidades reafirmando a garantia da Presidente Dilma Roussef de que não haverá corte no orçamento para a pasta. Uma das poucas que não fazem parte do Plano de Contingenciamento anunciado pela presidente. “Além de não termos cortes, nosso orçamento pula dos atuais 8 para quase 13 bilhões de reais por ano”, explica.

O ministro também disse que fará visitas, se possível semanalmente, aos estados para conversar com a diretoria das FAPs focando as questões de cada região. “Estamos vivendo um ótimo momento e precisamos estreitar nossas relações. Um conceito que precisamos ter é que precisamos descentralizar para bem executar as ações”, afirma.

Para o vice-presidente do CONFAP, José Ricardo Santana, o evento é sempre uma boa oportunidade de interagir com as FAPs, verificar como estão sendo desenvolvidos os programas e de definir estratégias para trabalhar em conjunto e superar os problemas. “Estamos olhando muito para o fomento da ciência e tecnologia, pensando em disseminar as ações para colocar isso como política de inovação, mas é preciso voltar a discutir medidas que aprimorem a qualidade da nossa ciência”, disse.

O diretor administrativo e financeiro da Fundação Araucária, ligada à Secretaria da Ciência Tecnologia e Ensino Superior (SETI), José Carlos Gehr, definiu o evento como um importante momento para troca de experiências e de fortalecimento de parcerias. “É preciso reforçar a importância da ciência e tecnologia e as FAPs são fundamentais para isso. Esta é uma grande oportunidade de troca de informações e também para melhorar nossas ações conjuntas com os órgãos nacionais”, lembra.

Contribuir para a consolidação da tomada de consciência da absoluta relevância da ciência, tecnologia e inovação para o futuro do país é também responsabilidade das FAPs, segundo o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (FAPESP), Celso Lafer. “As FAPs podem contribuir para a criação de um federalismo cooperativo, para a união de esforços e para o desenvolvimento de formas pelas quais, por meio do conhecimento, nossa sociedade seja capaz de lidar com seus desafios e ampliar o controle sobre o próprio destino”, destaca.

Ao falar sobre os desafios de se obter mais impacto para a ciência brasileira, o diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, apresentou dados que mostram que em 2006 as FAPs contribuíram com 23% do total dos recursos destinados ao financiamento à pesquisa por agências de fomento no Brasil. Já em 2011 a participação delas saltou para 32%. “Temos um grande potencial que precisa ser melhor explorado. É preciso, por exemplo, que os trabalhos realizados por pesquisadores brasileiros sejam mais vistos, citados e tenham maior repercussão mundial do que têm hoje”, avaliou. 

O Fórum Nacional do Confap, que aconteceu nos dias 23 e 24 de maio, foi realizado no Hotel Blue Tree Faria Lima, em São Paulo. A próxima reunião da entidade ocorrerá em julho, em Recife (PE), paralelamente à 65ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Avanço da Ciência.

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