Pesquisadores da UEL têm projeto desenvolvido com apoio da Fundação Araucária patenteado 15/10/2013 - 11:00

A anomalia PSE do inglês Pale, Soft, Exudative que, em tradução literal significam carnes com características pálida ou amarelada, flácida ou mole e exsudativa ou molhada, representa um sério problema à indústria de carnes. Essa aparência observada na superfície do peito de frango, assim como em suínos, faz com que as carnes tenham um aspecto indesejável, além de perderem a sua suculência e podendo, desta forma, ser rejeitadas pelo consumidor.

Atualmente, não existe um controle de qualidade de carne de frangos, que simplesmente são abatidos e comercializados, sem uma devida classificação quanto às características da carne. Visando contribuir neste aspecto, um grupo formado por pesquisadores do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos e Departamento de Zootecnia da Universidade Estadual de Londrina – UEL, desenvolveu um equipamento chamado Câmara de halotanos para frangos que, recentemente, foi patenteado. .

“Emprega-se o teste halotano para ver se os animais apresentam características genéticas para a hipertermia maligna, que é um predisponente para o aparecimento de carnes PSE nestes animais”, explica o pesquisador Massami Shimokomaki.

O pesquisador ressaltou ainda que a patente é importante para o grupo de carnes da UEL, pois demonstra a preocupação deste em proporcionar uma carne de maior qualidade aos consumidores e menores perdas à indústria.

Segundo o presidente da Fundação Araucária, Paulo Brofman, esta nova patente desenvolvida na UEL, com recursos da Fundação, reforça a filosofia da entidade que defende que o pesquisador tenha seu potencial reconhecido também fora dos muros da academia. “Isso faz parte do que entendemos como uma pesquisa ideal que, além da produção científica, contempla um retorno social e financeiro para as partes envolvidas”.

Massami Shimokomaki, destaca a importância do apoio e incentivo ao trabalho do pesquisador do Paraná, dado pela Fundação. “Não só nesta pesquisa, como em uma série de experimentos e em vários editais como o Pronex (Programa de Apoio a Núcleos de Excelência), a parceria com a Fundação Araucária vem fazendo avançar a ciência e tecnologia avícola na região e no país. Ao mesmo tempo, proporciona oportunidades para a formação dos nossos alunos cujos resultados dos experimentos estão sendo alavancadas para o desenvolvimento das tecnologias que estão sendo implementadas pelas empresas do Estado”.  




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