Pesquisadores de vários estados avaliam propostas recebidas pela Fundação Araucária para o PPSUS 13/08/2013 - 17:34

A Fundação Araucária recebeu, este ano, 150 propostas.  A segunda etapa da avaliação dos projetos aconteceu nesta segunda e terça-feira (12 e 13). O Programa de Pesquisa para o Sistema Único de Saúde: Gestão Compartilhada em Saúde (PPSUS) tem o objetivo de contribuir para o incremento científico e tecnológico no país e para a redução das desigualdades regionais na área da saúde. São apoiadas financeiramente pesquisas que visem contribuir para a resolução dos problemas prioritários de saúde da população para o fortalecimento da gestão do Sistema Único de Saúde (SUS).

Trata-se de um projeto desenvolvido pelo Ministério da Saúde, CNPq, Fundação Araucária e Secretaria da Saúde do Paraná. “Todas as pesquisas financiadas têm que ser condicionadas às demandas da secretaria da saúde, que é quem define as temáticas do edital baseadas no seu perfil de prioridades”, explica Luiz Marques Campelo do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde.

A quantidade e a qualidade dos projetos inscritos são indicadores do sucesso do programa, de acordo com o médico sanitarista do Departamento de Medicina Social da Universidade Federal de Pernambuco, Antônio Carlos Gomes Espírito Santo. “São editais que já são esperados pela comunidade científica. Mas é preciso que estejam atentos à metodologia; se é viável para a região e para a equipe; se o orçamento condiz com a metodologia. Também é fundamental que o projeto traga as respostas que o SUS precisa e que estão nas linhas temáticas estabelecidas no edital”, destaca.

Os editais para o programa são abertos a cada dois anos e segundo os avaliadores o perfil das pesquisas mudou bastante. “Percebemos que há maior integração com os serviços de saúde. Antes o setor acadêmico participava sozinho e hoje há esta integração, que é necessária, e justamente o que queremos através do programa. Aqui no Paraná é notável o grande envolvimento da Secretaria de Estado da Saúde, através da Escola de Saúde Pública”, reforça o Luiz Marques Campelo.

O coordenador da área de saúde do Comitê de Assessores de Áreas da Fundação Araucária, Celso Vataru Nakamura, destacou a importância da presença de consultores ad hocs de outros estados no processo de avaliação. “Além de trazer uma visão externa a do estado que está desenvolvendo o programa, contribui para que o processo seja mais justo e equilibrado”. Afirmou ainda que o PPSUS permite a utilização de novos procedimentos para a melhoria da utilização dos recursos do SUS junto à comunidade.

O edital prevê R$ 5 milhões em recursos, R$ 3 milhões do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde e R$ 2 milhões da Fundação Araucária. A divulgação do resultado está prevista para o final deste mês.

O PPSUS existe desde 2002 e já financiou mais de 2 mil pesquisas em todo o Brasil. Somente no Paraná, desde a primeira edição do programa em 2004, foram investidos mais de R$ 16 milhões.

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