Pesquisadores e profissionais, do setor público e privado, discutem soluções para o problema do lixo nos municípios paranaenses 22/05/2013 - 18:00

Diariamente são geradas 20 mil toneladas de lixo no Paraná, mas só 20% deste montante são considerados rejeitos, ou seja, aquilo que realmente deveria ser encaminhado para os aterros sanitários. É justamente para discutir maneiras de fazer com que isso aconteça que está sendo realizado nesta quarta e quinta-feira, no CIETEP em Curitiba, o I Encontro Paranaense de Pesquisadores da Área de Tratamento, Aproveitamento e Industrialização de Resíduos.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos determina a eliminação dos lixões até 02 de agosto de 2014. “Nós estamos correndo contra o tempo para atingir esta meta. Precisamos dar a destinação correta a mais de 80% do lixo que geramos. Estamos elaborando nosso Plano Estadual de Resíduos Sólidos que também visa acabar com os lixões a céu aberto”, afirma o Secretário Estadual de Meio Ambiente, Luiz Eduardo Cheida.

Em cerca de 250, dos 399 municípios paranaenses, ainda existem lixões. O Secretário Estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior - SETI, Alípio Santos Leal Neto, destacou que com tecnologia e inovação é possível obter vantagens do grande valor agregado que os resíduos possuem.  “Aquilo que parece ser um grande problema, poder ser uma grande solução. Principalmente os pequenos municípios, que hoje têm dificuldade em dar a destinação correta, podem futuramente usar estes resíduos como fontes de receitas para obter recursos para investir em outras áreas importantes como saúde e educação”, afirma.

O secretário enfatizou ainda, a importância de incentivar a integração para que professores e pesquisadores estejam mais presentes na discussão com o setor produtivo e o governo, a fim de traçar um planejamento eficiente para a destinação correta de resíduos.

Segundo Thaís Brito de Oliveira, analista de infraestrutura da Política Nacional do Ministério do Meio Ambiente, há uma carência de mão de obra qualificada, por isso é importante estimular os pesquisadores para atuarem mais nesta linha. Sobre a situação dos pequenos municípios, a analista apontou como uma importante alternativa, a realização de consórcios. “É preciso dividir as despesas e tornar o sistema viável. Através dos consórcios é possível dividir essa gestão, já que os problemas não são apenas os aterros. É necessário investir, também, em tecnologias mais avançadas”, explica.

O encontro, em Curitiba, é promovido pela SETI em parceria com a Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Estado do Paraná. “Uma de nossas linhas de ação é o fomento à disseminação da ciência e tecnologia, o que também acontece através do apoio à organização de eventos de extensão e difusão acadêmica, como este. Também estamos empenhados em ampliar parcerias para fomentar, cada vez mais, projetos ligados ao meio ambiente”, ressaltou o diretor administrativo da Fundação, José Carlos Gehr.

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