Presidente da Fundação Araucária participa de Seminário sobre a Avaliação da Pós-Graduação no Paraná 29/05/2013 - 18:10

“O caminho a percorrer para o fortalecimento da pós-graduação no Paraná depende de muito trabalho e aporte de recursos para novas pesquisas e formação de recursos humanos”, sentenciou o diretor de avaliação da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) Lívio Amaral. Ele foi um dos convidados de honra do 1º Seminário sobre a Avaliação da Pós-Graduação no Paraná, que aconteceu nesta quarta-feira (29/5), no câmpus da Universidade Estadual de Maringá.

Amaral falou diante de um auditório lotado, com mais de 200 pesquisadores, entre eles reitores e pró-reitores de pós-graduação das diferentes instituições de ensino superior do Paraná, além de representantes de agências de fomento e autoridades na área.

O diretor da Capes foi convidado para ajudar a pensar e a compreender o sistema de pós-graduação no Brasil, com foco especial no Paraná.

Nesse sentido, ele apresentou dados que constam no recém-publicado Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG) 2011-2020 e que tem como objetivo definir novas estratégias e metas para definição de propostas para política de pós-graduação e pesquisa no Brasil. Segundo o diretor da Capes, a expectativa é de que na próxima década, quando o plano estará em vigor, o país esteja entre os dez maiores produtores de ciência no mundo. As assimetrias regionais da pós-graduação, que também são tema do Plano, estiveram presentes nos discursos de abertura do seminário.

O presidente da Fundação Araucária, Paulo Brofman, foi um dos palestrantes do evento por vídeo conferência. Iniciou fazendo um panorama geral sobre o papel da fundação e sua evolução ao longo dos anos. Ao falar sobre os cursos de pós-graduação das universidades do estado, ressaltou a interiorização das instituições estaduais. “Diferente do que acontece em grande parte do país, no Paraná, prevalece esta característica fazendo com que haja uma migração da capital para o interior. Desta forma vejo também um comprometimento ainda maior do professor. A universidade faz parte da vida dele e não o contrário como acontece nos grandes centros urbanos”, disse.

Brofman enfatizou que a Fundação Araucária investe em ideias e pessoas para o desenvolvimento da ciência e a tecnologia no estado. “A Fundação pertence aos docentes e pesquisadores do Paraná. Tem que seguir a linha do que eles querem e precisam da entidade”, afirma.

Ainda segundo Brofman o estado tem potencial para atingir notas melhores nas avaliações feitas pela CAPES. “Temos 264 programas em que precisamos trabalhar para melhorar esta classificação. É importante avaliarmos se precisamos de um grande número de programas ou que eles tenham melhor qualidade”, destaca. 

O pró-reitor de Pesquisa e de Pós-Graduação da UEM, Mauro Ravagnani, coordenador geral do evento, salientou que é necessário tomar atitudes para elevar pós-graduação strictu sensu a patamares melhores dos registrados hoje. Segundo ele, um estado que se orgulha em ocupar o lugar de quinta maior economia do país, deveria ter a correspondência linear em um setor tão importante como é a pesquisa, que pode inclusive alavancar a própria economia e a qualidade de vida de todos os segmentos da população. “Não se trata de achar culpados, mas assumir a proposição do que precisa ser feito”, explicou Ravagnani, destacando que foi com esse intuito que o Seminário foi pensado.

Estrutura diferenciada

Falando sobre a importância da pós-graduação na formação de recursos humanos e no desenvolvimento local, o reitor da UEM, Júlio Santiago Prates Filho, frisou que “não existe inovação sem conhecimento”. E lembrou que o Paraná tem uma estrutura diferenciada, na qual as universidades estaduais têm maior potencial científico do que as federais já que são em maior número.

A coordenadora de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Sueli Rufini, também destacou o sistema strictu sensu do Paraná, que hoje está estruturado fortemente na rede estadual de ensino superior, que representa mais de 50% em toda a demanda, incluindo alunos, professores, número de bolsas. “A qualidade da pós-graduação no Paraná conta muito com o esforço e a estrutura das IES estaduais”, afirmou ela, apontando que os cursos strictu sensu precisam de mais recursos para avançar nas avaliações da Capes. Sueli Rufini, que veio ao Simpósio representando o secretário da Seti, Alípio Leal, elogiou a iniciativa do evento e disse que ele é um marco na discussão de estratégias para melhoria do sistema, que ainda apresenta muitas carências, incluindo em termos de infraestrutura.

Fonte: Assessoria da UEM e Fundação Araucária

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