Mais de 2 mil pessoas dos setores empresarial, acadêmico e do governo participaram da 2ª edição do Summit Iguaçu Valley que terminou nesta sexta-feira (14), no Grand Carimã Resort & Convention Center, em Foz do Iguaçu. Com uma intensa programação no evento, a Fundação Araucária apresentou suas principais ações e projetos de inovação muitos deles voltados para a Região Oeste do estado.

A integração entre o ecossistema de inovação e a sociedade, além de uma oportunidade de conexão entre diferentes ativos de inovação foram os pontos altos do evento, segundo o diretor de ciência, tecnologia e inovação da Fundação Araucária Luiz Márcio Spinosa.

“Eventos como o Summit deixam mais claro que a universidade, cada vez mais, entende o conhecimento produzido por ela colocado à disposição vai transformar a sociedade. As empresas também estão percebendo que este conhecimento produzido pelas universidades é fundamental para que seu próprio negócio se mantenha. O governo, neste sentido, tentando ser mais um articulador e facilitador, com políticas públicas, com legislação e recursos para que essa dinâmica toda aconteça”, ressaltou o diretor.

Um dos espaços mais visitados no evento foi a vila das startups que reuniu 50 expositores com o objetivo de gerar conexões e negócios. Entre eles estava a Protium Dynamics, apoiada pelos programas Sinapse da Inovação Paraná e Tecnova II da Fundação Araucária, voltada ao desenvolvimento de tecnologias baseadas em hidrogênio (H2).

“Eventos como este contribuem para a divulgação do nosso equipamento dentro e fora do Brasil, além de uma oportunidade de compartilhar informações e conhecimento com outras startups no segmento do hidrogênio”, disse o representante comercial da startup, José Ricardo Gomes.

No Espaço Paraná Mais Ciência participaram representantes de 23 dos 62 Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (NAPIs), iniciativa da Fundação Araucária. O pesquisador da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e articulador do NAPI Oeste Douglas André Roesler, explicou que o NAPI foi desenvolvido em parceria com o Programa Oeste Desenvolvimento que aproxima as universidades com base nas demandas do setor produtivo.

“O grande diferencial da região Oeste é a capacidade de articulação e governança de seus ativos, conseguindo envolver diversas instituições, trazer para a discussão e para o debate e definir projetos e ações coletivas. Isso vem trazendo resultados em termos de startups e inovação. Eventos como este, organizado com todos os atores, nos possibilita entender o que está acontecendo na sociedade e no meio empresarial, quais são as suas demandas e dificuldades para que a universidade possa trazer isso aos pesquisadores e alunos e apresentar soluções, gerando desenvolvimento, inovação e novos negócios”, enfatizou o pesquisador.

Uma das novidades entre as ações levadas ao evento pela Fundação Araucária foi o NAPI Cannabis, em fase de elaboração, que visa avaliar o efeito de derivados da Cannabis Sativa sobre a dor e outros sintomas centrais em pacientes com Fibromialgia.  

“A proposta é realizar testes clínicos usando a cannabis, medicamento que já existe no mercado brasileiro, em pacientes com doenças que não possuem bons tratamentos. Nosso primeiro ensaio é trabalhar com 80 a 100 mulheres com fibromialgia, uma síndrome que causa muita dor, depressão, ansiedade, fadiga e que não possui tratamento específico ainda”, esclarece o pesquisador Francisney Nascimento, coordenador do NAPI Cannabis e professor de Farmacologia Química da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA).