Aintec patenteia processo estéril de lavagem de bolsas de sangue 30/08/2016 - 12:20

O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) acaba de conceder à UEL a patente do Processo de Lavagem Estéril de Concentrado de Hemácias, projeto criado pela bioquímica Adriana Aparecida Spinosa, que atua no Hemocentro do Hospital Universitário (HU). A patente da área de saúde se refere a um processo inovador de lavagem de bolsas de sangue de forma estéril. Toda a ação junto ao INPI foi intermediada pela Agência de Inovação Tecnológica (Aintec) da UEL.
 
"A ideia do processo de lavagem estéril surgiu da necessidade de resolver um problema que há muito tempo me incomodava", conta Adriana, que viu na maioria dos serviços de hemoterapia do Brasil que o processo era realizado de maneira não estéril, ou seja, com a abertura da bolsa e com riscos de contaminação. 

Segundo a bioquímica, o processo estéril tem a vantagem de reduzir o risco de contaminação bacteriana, por não haver essa abertura, além de aumentar o tempo de armazenamento do hemocomponente lavado das atuais 24 horas para pelo menos 72 horas. 

"Minha expectativa com o registro da patente é conseguir parceria com empresa da área de transfusão, para produção das bolsas necessárias para a realização do processo, isso beneficiaria muitos pacientes e seria possível realizar o sonho de ter o processo utilizado em todo país, trazendo mais segurança e agilidade na prática transfusional",ressalta Adriana. 

Lavagem de bolsas 

Alguns pacientes, ao receberem um sangue doado, apresentam alergias às proteínas existentes no composto. Para resolver esse problema é preciso lavar as bolsas de forma a retirar as proteínas. Esse procedimento evita contaminações e para isso, os técnicos utilizam equipamentos adequados e um ambiente ideal. 

O método desenvolvido pela bioquímica Adriana Aparecida Spinosa permite que a lavagem seja feita em qualquer bancada, apenas com um conector estéril e uma bolsa de PVC com solução salina. Dessa forma, o sangue é lavado e permanece estéril. 

A avaliação do processo de patente durou 10 anos. A viabilização do pedido foi feita e intermediada pelo Escritório de Propriedade Intelectual (EPI) da AINTEC, responsável pela proteção do conhecimento e pelos registros das criações geradas por pesquisadores e pelas empresas incubadas na Agência. Atualmente, a Universidade dispõe de 98 depósitos sob análise, em diferentes áreas do conhecimento.

Fonte: Assessoria de Comunicação da UEL.

GALERIA DE IMAGENS