Araucária e SETI promovem evento online de mobilização relacionada ao NAPI TAXONLINE - Rede Paranaense de Coleções Biológicas 07/04/2020 - 22:20

A Fundação Araucária e a Superintendência da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior promoveram, nesta terça-feira (07), o evento online de mobilização relacionada ao NAPI TAXONLINE - Rede Paranaense de Coleções Biológicas. O evento contou com a participação de mais de 100 pessoas, incluindo pesquisadores e autoridades que estavam assistindo à transmissão que foi feita ao vivo por meio do YouTube.

O Governo do Estado mostra sensibilidade e consciência exata de suas responsabilidades investindo na preservação destas coleções por meio da estruturação do NAPI TAXONLINE - da Rede Paranaense de Coleções Biológicas. Assim, está cumprindo com seu papel de incentivador da Ciência, instrumento fundamental para o desenvolvimento econômico e social do Estado.

“Reunimos 13 das principais instituições de ensino do Paraná, institutos de pesquisa e também contamos com projetos da Prefeitura de Curitiba. Esses segmentos possuem notoriedade com relação ao tema do NAPI que estamos criando e essa rede fará com que o Estado seja considerado mais uma vez referência no Brasil”, destacou o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig.

A Rede é responsável pela organização de várias coleções no Estado do Paraná e atualmente é composta por 14 instituições, vem desde 2005 auxiliando os responsáveis pelas coleções biológicas a conservar, organizar e estudar a biodiversidade Neotropical, com ênfase na do Estado do Paraná.

“Com o auxílio da Fundação Araucária na estruturação deste NAPI, a Rede Paranaense de Coleções Biológicas alcançará um patamar de excelência que servirá de exemplo para todo o Brasil, principalmente no reconhecimento das coleções para a aplicação e inovação em biotecnologia”, ressaltou a professora e coordenadora do NAPI TAXONLINE, Luciane Marinoni.

Dessa forma, com o alinhamento da Rede ao Plano de Gestão do Governo, abre-se a oportunidade para a criação de empregos, além da formação de pesquisadores e técnicos na área. Esse NAPI também segue os temas prioritários do Estado, como a biotecnologia e saúde e economia verde. “Segundo levantamento realizado pelo Observatório da FIEP, em maio de 2019, o Paraná é o quinto estado do Brasil que possui maior número de empresas nas áreas biotecnológicas, por esse motivo tem grande potencial para gerar riqueza e renda por meio da inovação”, disse o diretor científico, tecnológico e de inovação, Luiz Márcio Spinosa.

Um dos principais objetivos do NAPI TAXONLINE é aproximar as empresas das coleções biológicas científicas, considerando principalmente o potencial relevante das microbiológicas para a biotecnologia e inovação.

“A consolidação de um Centro de Coleções Microbiológicas da Rede Paranaense é essencial e prevê a atualização e modernização na prestação de serviços que já vêm sendo realizados como: depósitos confidenciais de microrganismos de importância clínica, industrial e biotecnológica, envolvendo várias formas de conservação, com informações processadas e armazenadas em sigilo. Desta forma podemos fazer link com a situação que o Brasil e o mundo estão vivendo com relação ao coronavírus, na qual a ciência tem disponibilizado ferramentas para o entendimento da estrutura genética deste agente que poderá auxiliar nas estratégias de controle e até mesmo minimizar os efeitos desta pandemia”, informou a professora e coordenadora do NAPI TAXONLINE, Vânia Vicente.

Por meio do NAPI TAXONLINE as coleções poderão subsidiar a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico, por meio da aplicação da biotecnologia. Esta ação é essencial para tornar o conhecimento da imensa biodiversidade nacional em produtos e processos mais sustentáveis em longo prazo.

“A formação desta rede e integração de competências  é de extrema importância, pois geralmente a ciência volta a ter relevância em tempos de pandemia”, comentou o reitor da Unioeste, Alexandre Almeida Webber.

O NAPI também vai aumentar a capacidade das Instituições Paranaenses de competir com iniciativas internacionais focadas em biotecnologia e inovação, mercado de cerca de 400 bilhões de dólares e com projeção para atingir quase 750 bilhões de dólares em 2025.

“Temos muito interesse e grandes expectativas em fazer parte desta Rede, pois a integração de atores públicos e privados, bem como das pesquisas básicas e aplicadas tem grande potencial em alavancar o conhecimento”, disse o reitor da Unila, Gleisson Alisson Pereira de Brito.

O TAXONLINE pretende se tornar uma referência nacional e internacional em estudos que contemplam a biodiversidade, principalmente em taxonomia, fortalecendo o papel estratégico do Paraná no avanço científico e tecnológico voltado à conservação e uso sustentável da biodiversidade e no acesso ao patrimônio genético no Estado.

“A Fundação Araucária está agindo de uma forma nova não praticada até então, que nos leva a compartilhar os ativos que temos e a proposta dos NAPIs vejo que tem como efeito colateral unir os vetores que hoje caminham em paralelo e que terão não somente efeito aditivo, mas sinergia entre os grupos e as instituições. A proposta do NAPI vai ter impacto grande na aproximação da universidade à sociedade. Darão mais eficiência aos recursos públicos. O TAXONLINE é pioneiro, e por esse motivo, parabenizo a Rede pela história de relevantes trabalhos e destaco que a UEM tem total engajamento nessa soma de esforços que é estratégica para o Paraná”, ressaltou o Reitor da UEM, Julio Damasceno.

O superintendente da ciência, tecnologia e ensino superior, Aldo Bona, também representou o Governador do Estado Carlos Massa Ratinho Júnior no evento. “Devemos sempre trabalhar desta forma: em rede e somando forças, pois assim faremos com que o Paraná se desenvolva cada vez mais no âmbito da ciência, da tecnologia e da inovação”.No evento também foi apresentado o Protocolo de Intenções assinado pelas instituições que farão parte do NAPI.

 

 

 


 

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