Araucária participa do processo de construção do Vale do Genoma 01/02/2021 - 22:38

Com os objetivos de definir o interesse dos parceiros, a construção dos convênios  e a formalização do Vale do Genoma foi realizada uma reunião online nos últimos dias. O presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig, o superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Aldo Nelson Bona, o presidente do Instituto para Pesquisa do Câncer (IPEC) e coordenador das ações da Rede Genômica, David Livingstone Figueiredo, e representantes de startups, empresas e parceiros participaram da reunião.

O intuito é construir um ecossistema de inovação, inédito no Brasil e no mundo com abordagem em genômica e inteligência artificial aplicada à saúde,  com ênfase também em agricultura e agropecuária, ou seja, o Vale do Genoma que pode ser comparado ao Vale do Silício.

“A ciência, tecnologia e a inovação estão entre as áreas prioritárias do Plano de Governo do Estado, que se reveste de uma estrutura de arranjos colaborativos. No Paraná, estamos avançando nestas formações de grupos de pesquisas colaborativas por entendermos que somos muito fortes em qualquer área do conhecimento seguindo este formato”, enfatizou o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig.

Na ocasião, o superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, Aldo Nelson Bona, mencionou a atuação da Rede Paranaense de Pesquisa Genômica, lançada em agosto do ano passado. “É um marco importante para o avanço da pesquisa, especificamente sobre sequenciamento genético, tanto de seres humanos, quanto também sequenciamento genético na área da agricultura e da pecuária”, afirmou.

Segundo ele, “as iniciativas paranaenses empreendidas no campo do genoma devem contribuir para uma Medicina de precisão e para o avanço da pesquisa em torno da produção agrícola e da pecuária”, principalmente na região central do Estado, onde está sediada a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro).

O Vale do genoma vai unir os quatro horizontes do conhecimento, do H4  ao H1 em um único ambiente, isso é inédito. O H4 é a ação entre o Paraná e São Paulo, é o NAPI Genômica que pretende realizar  uma melhor articulação entre os ativos tecnológicos do Paraná e em parceria com outros estados e países, relacionados aos estudos sobre o genoma. No H4 é verificado se o conhecimento existente pode se tornar em algum produto.

O H3 é conduzido  pela associação dos centros de tecnologia artificial e o IPEC - plataforma genômica singular, o H2 são as startups, empresas que possam transformar essa tecnologia em produto e o H1 são as empresas que farão os produtos em larga escala.

Para unir esses quatro horizontes, está sendo desenvolvida uma grande parceria com o Governo do Estado para desenvolvimentos dos H3 e H4 e também com grandes empresas para estruturação dos H1 e H2. As grandes empresas darão suporte para pensar em governança, e em uma estruturação que possa ao mesmo tempo, incubar, acelerar e capitalizar as startups.

“É um ambiente único, pois não tem nada no mundo que envolva genoma ,inteligência artificial  e englobe os quatro horizontes do conhecimento. Enquanto o Brasil é reconhecido nos horizontes 1 e 4 porque publica muito, faz pesquisa  e possui empresas de grande volume,o país também precisa melhorar nos horizontes 3 e 2, ou seja, em transformar a tecnologia em produto  e quanto às startups precisa atingir um maior alcance. Portanto, nós vamos trazer um ambiente único que congregue todos esses horizontes do conhecimento , sendo denominado em o  Vale do Genoma”, informou  David Livingstone.

 

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