A Fundação Araucária promoveu nesta terça-feira (08) a solenidade de entrega do  Prêmio CONFAP de Ciência, Tecnologia e Inovação – Professor Francisco Romeu Landi –  na área de Ciências Humanas, na Sala Prospectiva da instituição. O professor Carlos Frederico Mares de Souza Filho - da PUCPR  -  foi quem ganhou o primeiro lugar e que foi indicado pela Araucária. O evento oficial de anúncio e entrega dos prêmios de todas as áreas e categorias foi realizado no Fórum do Confap, em dezembro de 2021, em Foz do Iguaçu.

O Prêmio é uma iniciativa do CONFAP, com patrocínio exclusivo da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP/MCTI), e apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Outorgado a pesquisadores(as) que tenham se destacado em pesquisas científicas, tecnológicas e de inovação, cujos resultados produziram conhecimento e beneficiaram, direta ou indiretamente, o desenvolvimento e o bem-estar da população brasileira.

"O Paraná possui profissionais da ciência, tecnologia e inovação altamente qualificados e isso faz com que sejam criadas riqueza e renda para o Estado e faz também com que a ciência e a tecnologia sejam  transformadas em inovação mais facilmente. Por esse motivo reconhecer o trabalho desses profissionais por meio desse Prêmio é fundamental”, destacou o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig.

Os principais objetivos do Prêmio  são o incentivo da realização e a ascendência da qualidade e da divulgação das pesquisas científicas, tecnológicas e de inovação do Brasil, contribuição para o processo de integração entre Pesquisadores(as) dos diferentes Estados brasileiro e incremento  da difusão e da divulgação dos avanços no campo do desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação.

“Uma dinâmica de premiação é, em primeiro lugar, um processo de reconhecimento; reconhecimento da competência, claro, mas também do esforço, do empenho, da dedicação. Nesse sentido, para a PUCPR a premiação destinada ao nosso ilustre professor, Carlos Frederico Marés de Souza Filho, é tornar ainda mais manifesta suas qualidades de professor e pesquisador. Ganha o Professor Mares, ganha a Fundação Araucária e ganha, também, a PUCPR”, ressaltou o Reitor da PUCPR,  Irmão Rogério Renato Mateucci.

O superintendente da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, comentou sobre o quanto é importante para o Estado ter pesquisadores como o professor Carlos. “O professor Mares estuda, investiga e pesquisa áreas extremamente relevantes para a sociedade, que empodera as ciências humanas. Portanto, me sinto honrado em fazer desta entrega simbólica do Prêmio”, disse Bona.

O diretor científico, tecnológico e de inovação Luiz Márcio Spinosa e o gerente de projetos Nilceu Jacob Deitos,ambos da Fundação Araucária, a pró-reitora de extensão e cultura da UEM Débora de Mello Gonçales Sant´Ana, a coordenadora de Relações Internacionais da UENP  Eliane Segati Rios Registro e o chefe de gabinete da reitoria da PUCPR José André de Azevedo  também estiveram presentes na solenidade.

“Ter recebido o prêmio de pesquisador destaque do ano do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa na categoria Ciências Humanas certamente não é apenas mérito pessoal, longe disso, a pesquisa em qualquer ciência é ato coletivo, que depende de parceiros, de ambiente adequado, de apoio. Por isso atribuo a premiação ao meu ambiente de trabalho na PUCPR e no Programa de Pós- Graduação. E o prêmio deve servir de incentivo a mim mesmo e às pessoas, discentes e docentes, que compartilham esse ambiente de pesquisa. Meus agradecimentos também à Fundação Araucária”, afirmou o professor Carlos Frederico Mares de Souza Filho.

Conheça um pouco da trajetória profissional do professor Carlos Frederico Mares de Souza Filho:

Possui graduação em Direito pela Universidade Federal do Paraná (1969), mestrado em Direito pela Universidade Federal do Paraná (1988 - Proteção Jurídica dos Bens Culturais) e doutorado em Direito pela Universidade Federal do Paraná (1998 - Direito dos Povos Indígenas) Integra o Programa de Mestrado e Doutorado da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, onde é professor titular de Direito Agrário e Socioambiental. É líder do Grupo de Pesquisa "Meio Ambiente: sociedades tradicionais e sociedade hegemônica" certificada pelo CNPq e pela PUCPR. Foi procurador do Estado do Paraná de 1981 a 2015.

Foi Secretário de Cultura de Curitiba e Presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Procurador Geral do Estado do Paraná, Presidente da FUNAI (Fundação Nacional do Índio), Procurador Geral do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Diretor do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, do qual foi presidente, foi membro do Conselho do Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná de 2003 a 2010. Foi novamente Procurador Geral do Estado do Paraná em 2008-2009.

Foi integrante do Conselho Diretor do Instituto Latino-americano para una Sociedad y un Derecho Alternativos-ILSA (Bogotá), Membro da Diretoria do Instituto Brasileiro de Advocacia Pública (IBAP), Sócio fundador do Instituto Socioambiental - ISA, Membro da Diretoria da Associação Brasileira de Professores de Direito Ambiental (APRODAB). Integrante do Instituto de Pesquisa em Direito e Movimentos Sociais (IPDMS).Membro do Centro de Pesquisa e Extensão em Direito Socioambiental (CEPEDIS). Membro do Grupo de Trabalho "Derecho, Clases Sociales y Reconfiguración del Capital".

Escreveu entre outros os livros: Patrimônio Cultural e sua proteção jurídica; O renascer dos povos indígenas para o direito; A função social da terra; Espaços Territoriais Protegidos e Unidades de Conservação, A liberdade e outros direitos: ensaios socioambientais e organizou muitos outros livros coletivos. Foi exilado político no Uruguai, Chile, Dinamarca e São Tomé e Príncipe (África), de 1970 a 1979. Tem sido advogado de povos indígenas, desde 1980.