Chamada destina até R$ 10 milhões para projetos que fortaleçam a resiliência climática do Rio Grande do Sul 11/02/2025 - 08:04
De 7 de fevereiro a 21 de março de 2025 estarão abertas as inscrições para a nova Chamada da Teia de Soluções, processo voltado à reconstrução do Rio Grande do Sul em busca de projetos práticos, inovadores e com potencial de escala para fortalecer a adaptação da sociedade diante das mudanças climáticas, prezando a segurança hídrica e a resiliência costeiro-marinha ao Estado. A iniciativa destinará, no total, até R$ 10 milhões, e destes R$10 milhões - seis serão financiados pela Fundação Araucária e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), para que os melhores projetos que ajudem a fortalecer os municípios costeiros na região e as áreas impactadas fortemente por eventos relacionados às mudanças climáticas no primeiro semestre de 2024, como enchentes e deslizamentos de terra.
O processo busca propostas alinhadas com o conceito de Soluções Baseadas na Natureza (SBN), em que a conservação da própria natureza seja o alicerce para enfrentar os desafios propostos, fortalecendo a capacidade de resposta aos impactos das mudanças climáticas no Rio Grande do Sul. A Chamada é voltada a diferentes setores da sociedade, como empresas, organizações da sociedade civil, terceiro setor, universidades, entre outros.
Esta edição da Teia de Soluções - Resiliência Climática para o Rio Grande do Sul é uma iniciativa da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, em parceria com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), o RegeneraRS, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs) e a Fundação Araucária, com apoio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (SETI). As soluções apresentadas devem atender à realidade local e a um dos desafios propostos: “Adaptação climática em Ação: Natureza como Aliada” e “Ciência para a Adaptação Climática: Desvendando o Potencial da Natureza”.
Ao final do processo, as melhores propostas receberão apoio financeiro para serem colocadas em prática. Serão destinados, ao todo, até R$ 10 milhões para as soluções selecionadas, sendo até R$ 1,5 milhão da Fundação Grupo Boticário; R$ 1,5 milhão do BRDE; R$ 3 milhões da Fundação Araucária, R$ 1 milhão do RegeneraRS e R$ 3 milhões da Fapergs. Todos os projetos terão entre 12 e 24 meses para serem executados a partir da finalização da Chamada.
“A natureza é a solução. A implementação de projetos que usam Soluções Baseadas na Natureza para promover a adaptação às mudanças climáticas são fundamentais não apenas no Rio Grande do Sul, mas em todas as regiões do país. É preciso considerar os desafios a serem superados, as características da área de implementação, os ecossistemas abrangidos, a realidade social, ambiental e econômica da região, além das expectativas da população. É importante também integrar as projeções climáticas futuras no planejamento dessas soluções, a fim de garantir a sua eficácia, a segurança e o bem-estar da sociedade”, afirma Malu Nunes, diretora executiva da Fundação Grupo Boticário.
“Uma das prioridades da Fundação Araucária é o de apoiar e desenvolver ações que promovam o bem-estar e a riqueza à população. Portanto, fazemos questão de participar desta iniciativa de reconstrução do Rio Grande do Sul, e principalmente, aplicar soluções de prevenção às consequências e causas das mudanças climáticas que temos enfrentado. Destaco ainda, que as pesquisas coordenadas por paranaenses devem ter previsão de serem replicadas no nosso Estado”, ressaltou o diretor de Ciência, Tecnologia e de Inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa.
Inscrições
A participação na Chamada da Teia de Soluções é gratuita. Interessados devem inscrever suas propostas de solução via formulário disponível no site do processo (https://chamada.teiadesolucoes.com.br/). As iniciativas inscritas serão analisadas por especialistas e por um comitê formado por representantes indicados pelas instituições organizadoras. As melhores seguirão para uma etapa de detalhamento da proposta. Depois, passarão por análise final para concorrer ao apoio financeiro. O resultado das propostas apoiadas está previsto para até julho de 2025.
Serviço:
Chamada da Teia de Soluções - Resiliência Climática para o Rio Grande do Sul
Período de inscrição: 7 de fevereiro até as 18 horas de 21 de março de 2025
Mais informações e inscrição: acesse o site da Chamada da Teia de Soluções
Sobre a Teia de Soluções
Com o objetivo de estimular a cocriação de soluções inovadoras, replicáveis e escalonáveis para desafios ambientais contemporâneos, a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza lançou, em 2020, a Teia de Soluções, uma iniciativa que reúne diferentes processos de trabalho em rede para o desenvolvimento, aprimoramento e apoio técnico e financeiro de soluções aliadas à conservação da natureza brasileira. Dessa forma, a Fundação estimula a aproximação e a conexão de profissionais diversos de diferentes localidades. Em quatro anos, mais de 880 pessoas foram capacitadas e 243 soluções aprimoradas para questões relacionadas ao turismo de natureza, Mata Atlântica, oceano, Cerrado, cadeias da sociobiodiversidade brasileira e Baía de Guanabara. Ao todo, 89 soluções receberam apoio financeiro da Fundação (62) e instituições parceiras (27), somando mais de R$ 18 milhões.
Sobre a Fundação Grupo Boticário
Com mais de 30 anos de história, a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza é uma das principais fundações empresariais do Brasil que atuam para conservar o patrimônio natural brasileiro. Com foco na adaptação da sociedade às mudanças climáticas, especialmente em relação à segurança hídrica e à proteção costeira, a instituição trabalha para que a conservação da biodiversidade seja priorizada em todos os setores. Alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, considera que a natureza é a base para o desenvolvimento social e econômico do país. Sem fins lucrativos e mantida pelo Grupo Boticário, a Fundação Grupo Boticário contribui para que diferentes atores estejam mobilizados em busca de soluções para os principais desafios ambientais, sociais e econômicos. Já apoiou mais de 1.700 iniciativas em todos os biomas no país. Protege duas reservas naturais de Mata Atlântica e Cerrado – os biomas mais ameaçados do Brasil pelo desmatamento –, somando 11 mil hectares, o equivalente a 70 Parques do Ibirapuera. Com 1,4 milhão de seguidores nas redes sociais, busca também aproximar a natureza do cotidiano das pessoas. A instituição é fruto da inspiração de Miguel Krigsner, fundador e presidente do Conselho do Grupo Boticário, criada em 1990, dois anos antes da Rio-92 ou Cúpula da Terra, evento que foi um marco para a conservação ambiental mundial.
Sobre o BRDE
O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul é uma instituição de fomento criada em 1961 pelos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. É signatário do Pacto Global da ONU e opera em sintonia com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, destacando-se pelo financiamento de projetos voltados à produção e consumo sustentáveis mediante repasse de recursos de fontes nacionais e internacionais, como Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e do Banco Europeu de Investimento (BEI). Apenas no primeiro trimestre de 2024, o BRDE alcançou a marca histórica de R$1 bilhão em recursos liberados à região Sul.
Sobre a Fundação Araucária
A Fundação Araucária mobiliza o Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação para o desenvolvimento sustentável do Paraná, gerando riqueza e qualidade de vida por meio do conhecimento. Atua em áreas estratégicas identificadas para o desenvolvimento socioeconômico e aumento da competitividade no Paraná, sendo que uma delas é a de cidades inteligentes. As outras áreas são: agronegócio e agricultura, energia sustentável/renovável, biotecnologia e saúde, transformação digital, desenvolvimento sustentável e sociedade, economia e educação. Seus projetos são desenvolvidos a partir do eixo Produção-Formação-Disseminação. As ações são operacionalizadas por meio de Chamadas Públicas de Projetos (CP's) e Processo de Inexigibilidade de Chamamento Público (PI's) com avaliação de mérito científico feita por pares. Esse trabalho se dá mediante estreita relação com as instituições de ensino superior federais, estaduais, municipais e privadas sem fins lucrativos e com institutos de pesquisa do Paraná.
Sobre o RegeneraRS
O RegeneraRS nasce como uma coalizão em prol da reconstrução e regeneração do Rio Grande do Sul. Mobilizando capital social e financeiro para o Estado, atua em quatro pilares: educação, habitação, soluções urbanas e apoio a negócios.
Sobre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs)
A Fapergs é vinculada à Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (SICT) e foi a segunda fundação de amparo à pesquisa a ser fundada no Brasil, depois da Fapesp, de São Paulo. No início da década de 1960, a área da ciência no Rio Grande do Sul carecia de uma instituição que se dedicasse exclusivamente ao apoio financeiro a projetos de pesquisa, a exemplo de entidades do exterior. A partir disso, pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) iniciaram um esforço conjunto para que a instituição estadual saísse do papel. Em 31 de dezembro de 1964, um decreto do Governo do Estado criou a Fapergs. A Fapergs atua com o tripé: Formação de Recursos Humanos; Fomento à Pesquisa; e Intercâmbio Científico.
Fonte: Assessorias de Comunicação das Fundações: Grupo Boticário e Araucária.