O 14º Seminário da Rede Paranaense de Agropesquisa e Formação Aplicada, reuniu cerca de 40 pesquisadores e representantes de várias instituições de ciência, tecnologia e inovação (CT&I), de terça-feira (18) até esta quinta-feira (20) no Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) em Londrina, para apresentação dos principais resultados alcançados desde 2017, como a capacitação de mais de 22 mil pessoas. No evento, também foram discutidas as principais ações que terão continuidade dentro do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) Prosolo que terá um investimento de mais de R$ 18 milhões.

“As capacitações ocorreram por meio das palestras e dias de campo. Foram muitas ações que envolveram produtores, estudantes, extensionistas e técnicos de instituições públicas e privadas. Foram 35 artigos científicos e 220 resumos em congressos e reuniões técnicas, feitos com o objetivo de informar agricultores e assistentes técnicos sobre o processo erosivo no estado do Paraná e quais as técnicas para evitá-lo”, explica a pesquisadora do IDR e articuladora do NAPI, Graziela Moraes de Cesare Barbosa.

A iniciativa é da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Fundação Araucária e Sistema FAEP/SENAR-PR, na qual foram investidos de R$ 12 milhões durante os oito anos de pesquisa.

Os projetos desenvolvidos envolvem estudos sobre monitoramento hidrossedimentológico de eventos de chuva; taxa de infiltração; rotação de cultura; características físicas, químicas e microbiológicas do solo; uso de dejetos animais e mapeamento digital. “O objetivo principal é mostrar para o agricultor como minimizar os efeitos erosivos de volumes de chuvas intensas e a importância do uso de terraços agrícolas nas lavouras”, ressalta Graziela Barbosa.  

Mais de 300 bolsistas participaram das atividades desde graduandos até pós-doutorandos. Todos os resultados estarão registrados no segundo livro que a Rede Paranaense de Agropesquisa deve lançar ainda em 2024. O primeiro exemplar, com resultados parciais, foi lançado em 2023.

“É uma rede construída com uma metodologia ímpar e inovadora, o que oportunizou a integração de diversas instituições de ensino e pesquisa, além de cooperativas espalhadas pelo Paraná em prol de um mesmo objetivo”, destaca o chefe do setor de Inovação da Fundação Luis Guilherme Brandt.

Diante da importância dos trabalhos realizados pela rede, ela passa a integrar o NAPI Prosolo que terá atuação pelo período de cinco anos. A continuidade da pesquisa permitirá à rede avançar, ainda mais, na integração e no alinhamento de um banco de dados regional e na difusão destes dados, além de orientar o produtor paranaense quanto às melhores práticas agrícolas na região.

O novo arranjo, que iniciará as ações a partir de agosto, receberá o investimento da Seti, Fundação Araucária e FAEP/SENAR de mais de R$ 18 milhões.

“Deste valor, R$ 12 milhões são destinados ao pagamento de bolsas de pesquisa de diversas categorias que contribuirão, significativamente, no avanço da Rede de Agropesquisa. O seminário foi um momento importante para apresentar a metodologia dos NAPIs e que tem um sistema de governança diferente daquele desenvolvido anteriormente”, enfatizou o chefe do setor dos NAPIs da Fundação Araucária Diego Iwankio.