Confap e dirigentes das FAPs reúnem-se com representantes do MCTIC e de agências de fomento parceiras 22/08/2019 - 14:00

Às vésperas da abertura do Fórum Confap que está sendo realizado em São Paulo entre hoje (22) e amanhã (23), dirigentes das 26 Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) de todo o País e do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) reuniram-se com representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), de agências federais de fomento e organismos internacionais para debater perspectivas de cooperação. A Fundação Araucária está sendo representada pelo diretor de ciência, tecnologia e inovação Luiz Márcio Spinosa.

Ivo Leite Filho, coordenador geral de Popularização e Divulgação da Ciência do MCTIC, utilizou os resultados da 5ª edição da pesquisa Percepção Pública da C&T no Brasil – 2019 https://www.cgee.org.br/documents/10195/734063/CGEE_resumoexecutivo_Percepcao_pub_CT.pdf, recentemente divulgada pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), para exortar os representantes das FAPs a participar de iniciativas como a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia e da organização de feiras e olimpíadas científicas, que, segundo a pesquisa, ainda são as principais fontes de informação sobre C&T. “É preciso agregar em cada Estado esse tipo de atividade, com bons projetos e boas propostas”, afirmou. Adiantou que o MCTIC lançará, até o final do ano, o edital Verão Científico 2020, para ampliar a demanda do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC). “Temos 11.798 alunos de PIBIC. Precisamos nos mobilizar”, disse.

Luiz Henrique Mourão do Canto Pereira, coordenador-geral de Biomas do MCTIC, anunciou os avanços do Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr) – 15 milhões de registros de 300 coleções biológicas – e que o Brasil deve garantir o direito a voto no Sistema Global de Informação sobre Biodiversidade (GBIF) – posição pleiteada desde 2017 – nos próximos meses, o que garantiria apoio técnico, acesso ampliado a informações, entre outras facilidades. “Estamos concluindo a engenharia financeira para conseguir ser membro votante”, disse Canto Pereira.

Felipe Bellucci, da Secretaria de Empreendedorismo e Inovação do MCTIC, quer o apoio das FAPs para a segunda fase do Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologias (SisNano), sistema de laboratórios nacionais de pesquisa de acesso aberto para o desenvolvimento e inovação (PD&I) em nanociências e nanotecnologia. Esses laboratórios podem ancorar outros laboratórios nas diferentes regiões, estimular o empreendedorismo e atender a encomenda dos estados, argumentou. “A expectativa é que as FAPs contribuam com duas bolsas por ano e recursos de custeio”, afirmou.

Julio Cesar Piffero de Siqueira, coordenador de Programas Especiais da Coordenação para o Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), falou sobre os cortes no orçamento. “Precisamos repensar acordos e pensar num modelo novo de relação com as FAPs para 2020.”

Vilson Rosa de Almeida, diretor de Cooperação Institucional do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), também afirmou que o órgão busca cobrir a falta de recursos que “acabam em outubro”. “O CNPq tem interesse em intensificar a colaboração com as FAPs, mas precisamos pensar em novas formas de financiamento”, afirmou, citando o exemplo de endowment funds.

Marcelo Nicolas Camargo, do Departamento de Fomento à Interação entre as Ciências Aplicadas e Inovação da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), apresentou resultados do programa Centelha de Estímulo ao Empreendedorismo – criação de 588 startups em sete estados. “Mas a Finep tem problemas, sobretudo com o empenho. Alguns contratos tiveram que ser revistos”, reconheceu.

 

 

 

Fonte: Assessoria de Comunicação Social da Fapesp.

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