Fiocruz: 113 anos de difusão de conhecimento científico e tecnológico na área da saúde 03/07/2013 - 10:40

Há mais de um século, o pioneiro no estudo das moléstias tropicais e da medicina experimental no Brasil, o médico sanitarista Oswaldo Cruz, fundava o Instituto Soroterápico Nacional no bairro de Manguinhos, no Rio de Janeiro, transformado, posteriormente, em Fundação Oswaldo Cruz.

Desde sua criação, até hoje, 113 anos depois, a Fiocruz busca, diariamente, promover a saúde e o desenvolvimento social, para tornar o Brasil, cada vez mais, referência no que diz respeito à difusão de conhecimento científico e tecnológico. “Produzir, disseminar e compartilhar conhecimentos e tecnologias voltados para o fortalecimento e a consolidação do Sistema Único de Saúde [SUS] e que contribuam para a promoção da saúde e da qualidade de vida da população brasileira são grandes desafios, mas a o resultado é gratificante”, disse o presidente da fundação, Paulo Gadelha.



Para comemorar a data, que ocorreu em 23 de maio, a fundação realizou, pela primeira vez, uma audiência pública de prestação de contas. Na ocasião, o presidente traçou um retrospecto das conquistas recentes, bem como apontou seus principais desafios atualmente. Dentre os diversos temas, Gadelha chamou atenção, por exemplo, para o campo de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, um dos que mais tiveram avanços na Fiocruz.



De 2009 a 2012, a área apresentou crescimento significativo, chegando à marca de 6 mil artigos publicados durante o período. Além disso, o presidente salientou o objetivo de ampliar os acordos com parceiros estaduais e municipais e a expansão da instituição para diversas regiões do País.  “O processo de audiência pública é um aprendizado e queremos aperfeiçoá-lo cada vez mais junto com os trabalhadores e a sociedade. A Fiocruz tem muitos mecanismos de gestão participativa e formas de compartilhamento de sua programação cotidiana e plurianual”, afirmou.



Para o presidente, a experiência também corrobora para que sejam identificadas determinadas temáticas para novas audiências que visem aprofundar questões apontadas como fundamentais não só pelo Conselho Deliberativo, mas por toda a comunidade da instituição. “Em um momento de mudança de mandato, fazer uma prestação de contas, de maneira quantitativa e qualitativa, é remeter-se ao passado, mas não podemos perder de vista que esse processo traz orientações futuras para a constituição e a consolidação da Fiocruz como uma instituição estratégica para o projeto nacional e para o Estado brasileiro”, explicou.



Saúde



No que se trata do protagonismo brasileiro no cenário da saúde global e das questões que envolvem a Organização Mundial da Saúde (OMS), Gadelha apontou que a fundação teve, em 2012, um papel fundamental de representação de Estado, trazendo para a Conferência das Nações Unidas (Rio+20) a temática da saúde.



“Hoje, os objetivos do milênio e os objetivos do desenvolvimento sustentável se colocam como desafios para o Brasil e, consequentemente, para a Fiocruz. Ainda não é possível saber se teremos um lugar claro para saúde como um dos indicadores ou objetivos centrais daquilo que se coloca como proposta para alcançar o desenvolvimento sustentável. Precisaremos nos mobilizar, novamente, nesse sentido, para garantir esse espaço”, ressaltou.



Segundo o presidente da Fiocruz, a instituição é vista com grande receptividade pela OMS para ser um dos grandes centros colaboradores para a cooperação Sul-Sul, sobretudo no campo da inovação, recursos humanos, vacinas, alerta global de catástrofes e epidemias, além de secretariar o chamado e-PORTUGUÊSe, iniciativa da OMS para formar uma rede de informação em saúde entre oito países de língua portuguesa.



Saiba mais sobre a Fiocruz no site http://portal.fiocruz.br/.

Fonte: Informe Abipti

GALERIA DE IMAGENS