Fundação Araucária contribui para o crescimento da produção científica nas universidades públicas 29/04/2019 - 07:50

O Brasil praticamente dobrou sua produção científica do começo para o fim da primeira década do século XXI. E os números continuam aumentando. O último levantamento realizado mostra que de 2011-2016, foram publicados mais de 250 mil artigos na base de dados Web of Science em todas as áreas do conhecimento. Mais de 95% dessa  produção científica  do Brasil nas bases internacionais deve-se à capacidade de pesquisa de suas universidades públicas.

Os dados demonstram a importância do financiamento público feito por meio de instituições de fomento, como a Fundação Araucária, no desenvolvimento científico, tecnológico e na formação de pessoas.

 

Os números da última publicação feita por Clarivate Analytics a pedido da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), mostram que o Brasil ocupa 13ª posição na produção científica global (mais de 190 países).

“A Fundação Araucária tem sido um esteio ao desenvolvimento científico e tecnológico, por meio de financiamento de projetos de pesquisa. Também na formação de pessoas desde a graduação, com o incentivo à iniciação científica, até a pós-graduação com apoio aos programas de pós-graduação stricto sensu e com a concessão de bolsas de mestrado e doutorado”, afirmou o vice-presidente do Conselho Paranaense de Pró-reitores de Pesquisa e Pós-graduação, Amauri A. Alfieri.

  

Nos últimos quatro anos a Fundação investiu cerca de R$140 milhões somente nas universidades estaduais e federais do estado. “Os investimentos realizados pela instituição, com apoio do Fundo Paraná nos últimos anos, fortaleceram o Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia, Inovação e de Ensino Superior e colocaram o Paraná em uma posição de destaque no cenário nacional e internacional de pesquisa científica e tecnológica”, enfatizou o diretor geral da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona.

Ressaltou ainda que o apoio da Fundação Araucária para o desenvolvimento de projetos de pesquisa, realização de eventos de divulgação científica e principalmente para a formação de novos pesquisadores contribui, significativamente, para o avanço da ciência e o desenvolvimento da tecnologia.  “A ação está focada, principalmente, no estímulo para a busca de solução para os problemas econômicos e sociais que afetam o desenvolvimento do estado”, completou Aldo.

O levantamento da Clarivate Analytics lista as 20 universidades que mais publicam (5 estaduais e 15 federais), das quais 5 estão na região Sul, 11 na região Sudeste, 2 na região Nordeste e 2 na Centro-Oeste. As áreas de maior impacto correspondem à agricultura, medicina e saúde, física e ciência espacial, psiquiatria, odontologia, entre outras.

O Conselho Paranaense de Pró-reitores de Pesquisa e Pós-graduação tem acompanhado as estatísticas relativas à produção científica brasileira e analisado os números do Paraná apresentados por meio de avaliações do desempenho das instituições públicas perante o desempenho global.

“Considerando a inserção de nossas universidades públicas e institutos de pesquisa em praticamente todos os rincões do estado observamos primeiro que, no conjunto, a produção científica do Paraná é muito boa e desponta tanto em termos quantitativos quanto, principalmente, qualitativos. Em algumas áreas do conhecimento o Paraná é um dos líderes atingindo ponto de corte superior à média mundial”, ressaltou Alfieri.

Segundo o Leiden Ranking entre as 20 universidades que mais publicam no Brasil não há nenhuma privada. Outro dado importante obtido na plataforma InCites da Universidade de São Paulo (USP), tomando por base o conjunto de registros da Web of Science, é que das 100 universidades brasileiras que mais publicaram artigos científicos no quinquênio 2014-2018, há 17 privadas. A melhor colocada é a PUC Paraná, em 37º lugar.

 

 

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