I Semana da Ciência Brasil-Irlanda fortalece parceria entre os dois países 19/02/2015 - 16:00

Dois dos cinco países que mais rapidamente avançam em pesquisa científica, de acordo com a prestigiada revista britânica Nature, Brasil e Irlanda contam um com o outro para alcançar posição de destaque mundial. Para consolidar esta relação e criar novas possibilidades de colaborações, acontece a I Semana da Ciência Brasil-Irlanda, entre os dias 23 e 25 de fevereiro, no Dublin Castle. 

O evento vai reunir pesquisadores dos dois países que já vêm trabalhando em parceria através do Research Brazil Ireland (RBI). O programa, financiado pelo governo irlandês, promove pesquisas de interesse mútuo nas áreas de Tecnologia da Informação & Comunicação; Nanotecnologia; Energia Sustentável & Agroprodução; Biofarmacêutica, Biotecnologia & Ciências da Saúde; e Ciência Ambiental. Com a participação de mais de 80 pesquisadores sêniors brasileiros e parceiros irlandeses, a conferência contará também com presidentes de agências de fomento à pesquisa e representantes da indústria.

 Estão confirmados nomes como Damien English, secretário de Pesquisa e Inovação da Irlanda; Robert Burmanjer, chefe da Unidade Américas da União Europeia; Mark Ferguson, director geral do Science Foundation Ireland (SFI – Fundação de Ciências da Irlanda, em português) e chefe do Conselho Científico do governo irlandês; Celso Lafer, presidente da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo); Augusto Raupp, novo presidente da Faperj (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro); Sergio Gargioni, presidente do Confap (Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa); Fernando Fernandez, engenheiro sênior de desenvolvimento de produtos da Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica); Afonso José Sena Cardoso, embaixador do Brasil na Irlanda; e Brian Glynn, embaixador da Irlanda no Brasil. 

Sob o tema “Pesquisa Colaborativa para um Futuro Melhor”, assuntos como o papel dos centros de pesquisa irlandeses no sucesso de investigações internacionais, a perspectiva europeia sobre cooperações com o Brasil e como aplicar o resultado de pesquisas científicas no mercado brasileiro serão tratados em palestras e paineis de discussão. A conferência inclui sessões de networking, apresentação de pôsters, lançamento de livro e visitas a laboratórios de pesquisas. Serão assinados dois memorandos de entendimento, durante a cerimônia de abertura, entre a SFI & Confap e SFI & Faperj, reconhecendo o papel fundamental da colaboração científica e tecnológica entre as agências. Brasil x Irlanda: Nos últimos anos, Brasil e Irlanda vêm fortalecendo cada vez mais suas relações diplomáticas. Foi aprovado o Projeto de Resolução do Senado (PRS) 6/2014 que institui o Grupo Parlamentar Brasil-Irlanda para incentivar e desenvolver as relações entre os poderes Legislativos dos dois países . 

Em visita ao Brasil, em 2012, o presidente irlandês Michael D. Higgins já tinha o intuito de aumentar a ligação entre as duas nações e começou ampliando o acordo com o Ciência Sem Fronteiras (CSF). No último ano, devido à alta procura pelo país pelos estudantes brasileiros, a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) anunciou 300 vagas, que passaram a ser 500 e, depois, 800. Ao final, um total de 1.123 alunos foram selecionados e se juntaram aos outros 2.158 brasileiros que já tiveram a oportunidade de estudar na Irlanda através do programa federal. A Irlanda se tornou popular entre os brasileiros, inicialmente, por contas dos cursos de inglês e facilidades que o visto oferece: além de poder permanecer por um ano no país, é permitido que o estudante trabalhe enquanto estuda para ajudar nas despesas. Para os universitários que completarem o curso 3º grau no país, o governo ainda oferece mais um ano de permanência após o fim das aulas. De acordo com o último senso da Garda National, 12% dos estrangeiros que vivem na Irlanda são do Brasil. 

A Research Brazil Ireland tem ajudado a aumentar esses números incentivando o intercâmbio de pesquisadores em diversos níveis – doutorandos, pós-doutores, professores e pesquisadores sêniors – com o objetivo de fomentar e fortalecer relações entre instituições de pesquisa brasileiras e irlandesas, através do financiamento da SFI. Muitos irlandeses também passaram a fazer o caminho inverso e estão ensinando em universidades brasileiras através do Ciência Sem Fronteiras.

 Fonte: Camila Mello - Assessoria de Imprensa da Research Brazil Ireland

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