A mesa redonda “Inovação e Desenvolvimento Territorial: desafios e estratégias”, que contou com a participação da professora da Universidade Politécnica de Valência (Espanha) Alejandra Boni, reuniu pesquisadores e representantes de instituições ligadas à ciência, tecnologia e inovação (CT&I) na tarde desta quarta-feira (7) na Fundação Araucária, em Curitiba.

Alejandra Boni apresentou a metodologia utilizada na Espanha para o desenvolvimento do que chamou de políticas de inovação transformadora, como exemplo citou iniciativas da região da Catalunha. “É fundamental criar grupos de pessoas e instituições com interesses comuns em transformar uma realidade ou situação, e os apoiamos com metodologias e processos de reflexões para que articulem qual é o melhor caminho para que esta inovação aconteça, as mudanças necessárias para que se alcance o objetivo”, argumenta.

“As decisões são sempre em colaboração, nunca unilateral, e visando propósitos não necessariamente resultados. Envolvemos diversos grupos, não necessariamente protagonistas em inovação. Por exemplo temos um trabalho realizado em um hospital da Catalunha, onde estamos articulando uma rede para que haja uma melhora na assistência sanitária como inovações na área médica para melhores condições de tratamento para a população. Temos o envolvimento de qualquer pessoa ou instituição que queira participar. E temos conseguido que as ações permaneçam mesmo quando há mudança de governo”, destacou a pesquisadora.

Durante as discussões, o diretor de CT&I da Fundação Araucária Luiz Márcio Spinosa, citou a estratégia desenvolvida com os Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (NAPI). “No caso dos NAPIs é dado um desafio em uma determinada área de desenvolvimento do estado, socioeconômico e de desenvolvimento sustentável e, desta forma, este arranjo apresenta uma entrega para a sociedade. Há como motivação este olhar mais extensionista, por isso falamos muito de pesquisa aplicada”, observou o diretor.

A mesa redonda teve o professor do Departamento de Economia da Universidade Federal do Paraná, Victor Pelaez, como mediador. “As duas propostas colocadas aqui são muito ricas e se complementam, justamente no sentido de que a condição de território significa romper estruturas que impedem a gente de ir a diante”, disse.

O encontro contou com a participação de representantes de universidades, Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Casa Civil, Paraná Cidades, Senai, Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação do Paraná (Assespro-PR) e Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).