A importância dos investimentos em Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I) para promover o desenvolvimento sustentável na Amazônia e reduzir as assimetrias regionais esteve na pauta das discussões no 67º Fórum Nacional do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), que acontece até este sábado, 22 de março, na capital do Amapá. Principal espaço para o debate das políticas de fomento à pesquisa no País, o encontro reúne em Macapá dirigentes e representantes das 27 Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (FAPs), dentre eles os da Fundação Araucária, e ocorre no mesmo ano da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-30), que será realizada em novembro, no estado vizinho, Pará, em Belém. 

Durante a cerimônia de abertura, na manhã desta quinta-feira (20), no auditório do Museu Sacaca – um espaço de divulgação científica e cultural no coração de Macapá – o presidente do Confap, Odir Dellagostin, refletiu sobre o papel das FAPs para o financiamento da pesquisa em todos os estados brasileiros, e citou dados que reforçam a força desse sistema estadual de fomento. “Juntas, as FAPs aumentaram expressivamente os valores nominais de investimentos em C,T&I nos últimos anos. De 2018 a 2024, os valores saltaram de R$ 2,8 bilhões e para 4,8 bilhões”, disse Dellagostin. “Esse número mostra a relevância da sinergia entre as FAPs, consolidada neste encontro, e do estabelecimento de parcerias entre as diversas esferas públicas, estaduais e federais”, acrescentou.

Anfitrião do fórum, o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amapá (Fapeap), Gutemberg Silva, deu as boas-vindas e disse que a realização do encontro em Macapá representa muito para a comunidade científica e tecnológica amapaense. “É difícil fazer ciência na Amazônia, por razões históricas e lacunas estruturais, como a dificuldade de deslocamento. Esse é o momento de fazer o Confap circular pela Amazônia e pelo Brasil e de mostrar a nossa produção acadêmica, expor o que o Amapá tem feito na ciência”, ponderou.

Por sua vez, o governador do estado do Amapá, Clécio Vieira, refletiu sobre os desafios para o desenvolvimento do estado, apontando a ciência como o melhor caminho para a sustentabilidade. “Nossa grande missão é construir consensos em favor do desenvolvimento sustentável do Amapá. Por um lado, temos um excelente ativo ambiental, com mais de 70% do território composto por áreas florestais, sejam unidades de conservação federais, terras indígenas ou unidades de conservação estaduais. Por outro, temos uma população pobre, carente, e o desafio da chegada de facções criminosas ao estado. Acredito que a ciência é o caminho para o nosso desenvolvimento, com investimento em pesquisas aplicadas em áreas estratégicas”, concluiu Vieira.

A mesa de abertura do Fórum contou ainda com a participação da diretora de Cooperação Institucional, Internacional e Inovação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (DCOI/CNPq), Dalila Andrade Oliveira; do diretor de Programas e Bolsas no País da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Luiz Antonio Pessan; e do secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação do Amapá (SetecAP), Edivan Andrade; e do superintendente em Pesquisa Aplicada e Desenvolvimento Tecnológico da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), André Nunes.

Na programação da tarde do Fórum, foi também realizada a assinatura do Acordo de Cooperação entre o CONFAP e a Fiocruz com vistas à implementação do Instituto Brasileiro de Saúde Única. O presidente da Fundação Araucária Ramiro Wahrhaftig foi convidado para fazer parte da mesa de anúncio desta cooperação, pois foi um dos grandes instigadores deste Acordo. 

Confira a transmissão online na íntegra aqui: https://news.confap.org.br/67o-forum-nacional-confap-macapa-ap-2025/

Fonte: Assessorias de Comunicação da Araucária e da FAPERJ.