Os Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (NAPIs) já contam com um novo espaço digital para divulgarem suas principais ações e soluções para a sociedade paranaense e para o avanço da ciência no estado. O evento de lançamento foi realizado, na última sexta-feira (16), na Fundação Araucária em Curitiba, e contou com a presença de pesquisadores e representantes dos NAPIs.

Criados em 2019 pela Fundação Araucária (FA) em parceria com a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) e com as universidades, atualmente, já são cerca de 80 NAPIs implantados ou em construção em diversas áreas do conhecimento.

“Não é apenas um espaço para divulgação do trabalho realizado pelos arranjos de pesquisa do estado por meio da disseminação científica, mas também de popularização da ciência. Precisamos de ações para estimular crianças e jovens a se interessarem mais pela ciência, podendo ser futuros cientistas”, ressaltou o presidente da Fundação Araucária Ramiro Wahrhaftig.

O novo espaço digital foi criado, a pedido da FA, pelo NAPI Paraná Faz Ciência, com o objetivo de melhorar a comunicação com a sociedade paranaense e brasileira. “A divulgação científica é importante para a cultura científica do nosso estado, para a formação de novos pesquisadores, para trazer o sentimento de pertencimento aos estudantes da educação básica e à comunidade em geral. Também para despertar o interesse pela pesquisa e para prestar contas de onde os recursos estão sendo investidos e qual o resultado de todo este investimento”, destacou a articuladora do NAPI Paraná Faz Ciência e professora da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Débora Sant’Ana.

Os NAPIs já contavam com um local de armazenamento de informações na Plataforma iAraucária, no entanto, o conteúdo não era homogêneo. Por isso, a Fundação propôs a reorganização destes espaços digitais. Nesta primeira fase do projeto, estarão acessíveis os conteúdos relacionados aos primeiros NAPIs criados pela FA. Os demais Arranjos serão contemplados até o final do ano.

Uma das tarefas ações do NAPI Paraná Faz Ciência é dar visibilidade à produção dos outros NAPIs. “Esse material todo é muito importante inclusive por uma questão de transparência para prestar contas à população de todo o investimento feito em ciência, tecnologia e inovação no Estado. Para que os cidadãos saibam da importância da ciência na solução dos seus problemas cotidianos, de tudo que os pesquisadores estão entregando para a melhoria da qualidade de vida das pessoas”, comentou o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da FA, Luiz Márcio Spinosa.

Nesta primeira fase, estão sendo entregues 31. O acesso às novas páginas dos NAPIs é feito pela plataforma iAraucária. “Procuramos reunir o máximo de informação sobre os NAPIs para que isso se transformasse em uma ferramenta que os pesquisadores pudessem levar para qualquer lugar e evento, podendo mostrar o que cada NAPI realiza. As informações estão disponíveis, em uma linguagem acessível e em vários formatos. Além de textos, existem vídeos e podcasts”, explicou a jornalista responsável pelo projeto, Ana Paula Machado Velho.

A professora Regiane Ribeiro, diretora do setor de Comunicação da Universidade Federal do Paraná e pesquisadora no NAPI, enfatizou a importância de motivar a cultura da ciência em todos os ambientes. “Uma das coisas que defendemos no NAPI Paraná Faz ciência é que precisamos criar uma cultura científica da mesma forma que existe, por exemplo, com a música e com o cinema. Precisamos falar de ciência em todas as situações porque a ciência está no cotidiano e precisamos demonstrar para qualquer cidadão onde a ciência está no seu cotidiano”, observou a pesquisadora.

De 7 a 11 de outubro, articuladores e pesquisadores se reunirão na Universidade Estadual de Maringá (UEM), para a III Semana Geral dos NAPIs, que será realizada como parte da programação do evento Paraná Faz Ciência. Até lá, todos os NAPIs com atividades já implantadas devem ter suas páginas na plataforma iAraucária.