Países que investiram em inovação durante crise serão diferenciados, avalia BNDES 06/08/2013 - 10:40

Durante a crise econômica mundial, a inovação não perdeu o status de prioridade entre os países desenvolvidos e parte dos emergentes. A avaliação é do presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho.

Ele acredita que o investimento em pesquisa e desenvolvimento durante a turbulência no mercado internacional elevará essas nações a um patamar diferenciado. "Está nascendo um processo de transformação que ainda não é evidente e que vai diferenciar um conjunto de países que têm perseverado no apoio e no avanço da inovação", destacou Coutinho no lançamento da pesquisa Barômetro da Inovação, na semana passada, feita pela multinacional General Eletric (GE).

Na visão dele, o Brasil organizou o sistema de ciência e tecnologia, com a Lei do Bem e a Lei da Inovação, e dispõe dos mesmos instrumentos de apoio à inovação que os países desenvolvidos. Apesar disso, Coutinho disse que o Brasil é um caso de país atrasado na inovação, por ter uma estabilização da economia recente. "Foram 30 anos de uma altíssima instabilidade em que era impossível para o setor privado enxergar além de um ou dois anos".

Para avançar ele destacou que é preciso dobrar o esforço de inovação do setor privado, que em outros países corresponde de dois terços a 80% dos investimentos. "O sistema brasileiro está muito encapsulado. Ele precisa disponibilizar mais recursos diretos que façam o papel catalisador da energia privada. É insubstituível a liderança do setor privado".

De acordo com a pesquisa realizada pela GE, com 3,1 mil executivos das maiores empresas de 25 países, 95% dos entrevistados brasileiros disseram que a inovação é uma prioridade estratégica para suas empresas. O Brasil foi apontado como ambiente positivo para a inovação por 30% dos entrevistados, o 17º melhor resultado.

Os dez países mais bem avaliados globalmente foram: Alemanha (85%), Estados Unidos (84%), Japão (81%), Coreia do Sul (70%), Reino Unido (69%), Suécia (66%), China (66%), Cingapura (63%) e Suíça (60%). A Índia aparece na lista em 12º, com (55%), a Rússia, em 18º, com 29%, e a África do Sul, em 23º, com 20%. A Nigéria, com 5%, foi a última colocada.

Fonte: Agência Gestão CT&I com informações da Agência Brasil

GALERIA DE IMAGENS