Pesquisadores avaliam impacto da pandemia de Covid-19 na economia do país
07/04/2020 - 11:37

"Para 15 dias úteis [três semanas] de paralisação da economia, nós teríamos uma queda de 2,2% do Produto Interno Bruto e dois milhões de empregos formais e informais perdidos. Significa o seguinte, que 100 mil empresas desapareceriam. Dessas, 83 mil são micro empresas". A informação é do professor Umberto Antonio Sesso Filho, do Departamento de Economia, do Centro de Estudos Sociais Aplicados (CESA), da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Esse é o impacto da pandemia de COVID-19, causada pelo coronavírus, na economia brasileira. O dado faz parte de uma simulação feita pelo professor que integra um grupo de pesquisadores. Eles levantam e estudam o cenário econômico e seus segmentos produtivos. O professor da UEL divide o trabalho com os professores Ronaldo Rangel, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Paulo Brene, da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), e Luan Bernardelli, da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR).

Segundo o professor Umberto, se a paralisação da economia se estender por seis semanas, por exemplo, o impacto será cumulativo, aumentando o número de empresas que vão falir e postos de trabalho perdidos. No entanto, o professor ressalta que esse cenário também considera se o governo não agir em prol da população e dos microempresários. Se os governos adotarem medidas que aliviem essa situação, o impacto na economia poderá ser menor. 

Nesse sentido, o professor Umberto Antonio Sesso Filho avalia que os governos federal e estaduais estão no caminho certo. "Garantir renda aos desempregados e mais pobres, proteger as pequenas empresas de se tornarem inadimplentes garantindo crédito a baixos juros, proteger setores estratégicos com crédito como aviação civil".  

Simulação - A simulação para os 15 dias úteis de paralisação foi realizada pela Matriz Insumo Produto e considera dados do Ministério do Trabalho e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Entre as informações, número e tamanho das empresas, número de empregados e renda. O professor afirma que para os próximos dias, o grupo vai realizar a simulação para a realidade do estado do Paraná e de Londrina.

Fonte:UEL

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