Pesquisadores do Programa de Acolhida aos Cientistas Ucranianos apresentam o trabalho que estão realizando nas universidades do Estado 14/04/2023 - 20:36

A Fundação Araucária promoveu, nesta semana, uma programação repleta de atividades para conhecer melhor as histórias de vida, as pesquisas e trabalhos dos pesquisadores ucranianos que fazem parte do Programa Paranaense de Acolhida aos Cientistas Ucranianos. Visitas ao Museu da Sociedade Ucraniana do Brasil, ao Memorial Ucraniano - Parque Tingui e ao Jardim Botânico fizeram parte da programação.

“É uma honra ter a oportunidade de conhecer pessoalmente esses pesquisadores que tanto têm para contribuir com a ciência, tecnologia e inovação do nosso Estado. O foco desta iniciativa é humanitário e também priorizamos a promoção da integração dos cientistas na comunidade paranaense”, destacou o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig.

O Programa de Acolhida aos Cientistas Ucranianos, promovido pelo Governo do Paraná, por meio da Fundação Araucária e com o apoio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior já recebeu 13 pesquisadores que estão atuando em universidades estaduais, no Instituto Federal do Paraná, na Universidade Tecnológica Federal do Paraná e na PUCPR.

Será disponibilizado o valor global de R$18.000.000,00 e o tempo de  duração dessas bolsas é de 24 meses. Os pesquisadores podem também receber o auxílio complementar de R$1.000,00, por dependente abaixo de 18 anos e/ou ascendente acima de 60 anos. O limite deste auxílio é estabelecido em três  complementos de R$1.000,00  para cada pesquisador selecionado.

Os cientistas que possuem mais de cinco anos de experiência em pesquisa (Bolsa categoria Pesquisador Visitante Especial 1), receberão a bolsa de R$10mil reais cada, e os pesquisadores que possuem menos de cinco anos de experiência e receberão a (Bolsa categoria Pesquisador Visitante Especial 2), que é de R$5.500 reais cada.

Além de conhecer as dependências do Palácio Iguaçu, os cientistas ucranianos também foram recebidos para um almoço com o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior. “Esta iniciativa é de caráter científico e humanitário. A troca de experiência s e de conhecimento que os pesquisadores ucranianos podem adquirir e repassar para os cientistas do Estado também é de fundamental importância, contribuindo assim, para a internacionalização das universidades paranaenses”, afirmou o governador. O secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, também participou do almoço.

Alguns pesquisadores vieram para Curitiba com os seus filhos, como foi o caso da professora Svitlana Gerasimenko. Ela foi a segunda pesquisadora a chegar ao Paraná, foi acolhida pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), em Medianeira, e conta como está sendo sua adaptação e de sua família no Brasil. “Estamos muito felizes com a oportunidade de poder trabalhar e viver no Brasil. Meus filhos estão participando de várias atividades e se sentem integrados com as crianças da cidade”, disse Svitlana.

Este edital é de fluxo contínuo, até o momento recebeu 40 inscrições e possui 50 bolsas no total disponíveis e tem como prioridade apoiar financeiramente as Instituições Científicas e Tecnológicas e de Inovação (ICTs) paranaenses na acolhida de pesquisadores ucranianos para atuar na Pós-graduação Stricto Sensu.

Yuliya Felenchak é mais uma pesquisadora que foi acolhida pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) em agosto de 2022. “Eu, meu marido e meus dois filhos estamos nos sentindo muito acolhidos em todas as áreas. Isso é muito importante, pois deixamos nossa vida e nossa terra natal por causa da guerra. Minha filha, por exemplo, aprendeu tão bem o português que acaba ensinando a família inteira. É muito gratificante ver que os meus filhos estão bem”, comentou Yuliya. O marido da Yuliya,o Andrii Holod, também é cientista e foi acolhida pela Unioeste, ele chegou ao Paraná em março deste ano.

Os pesquisadores ucranianos também conheceram as dependências da Fundação Araucária e apresentaram um pouco das suas pesquisas já desenvolvidas na Ucrânia, e o trabalho que estão realizando nas universidades que os acolheram no Paraná.

“O processo de acolhimento dos cientistas ucranianos reafirma nosso respeito à ciência de alto impacto daquele país, em todas as áreas do conhecimento. São pesquisadores de alto nível e que agora estão integrados em nossas universidades paranaenses, com ações de colaboração conjunta, fortalecendo mais ainda os nossos programas de pós-graduação em nível internacional”, avalia a assessora internacional da Fundação Araucária, Eliane Segati Rios.

 

Créditos das fotos: Fabio Ansolin/UEPG; Henry Milleo/UEPG;Jonathan Campos/AEN e Vanessa Barazzetti/Fundação Araucária.

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