Segundo dia de apresentações dos NAPIs é focado na assertividade de instrumentos de CT&I nas áreas da saúde, alimentos, agricultura, sustentabilidade, inovação e divulgação da ciência 09/11/2023 - 08:54

A Fundação Araucária está promovendo a II Semana Geral dos Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (NAPIs), dentro da programação da Semana Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – Paraná Faz Ciência 2023. O evento está sendo realizado entre os dias 07 e 10,na Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Os NAPIs são direcionados para atender demandas setoriais, regionais e estadual, de forma integrada e racionalizada para melhor aproveitamento de atores e ativos já existentes. A ênfase está na melhor mobilização e integração entre território e ativos, empresas líderes e fatores-chave de desenvolvimento.

Focados na criação de riqueza e bem-estar, levam à maior assertividade dos instrumentos de apoio da Araucária e, consequentemente, melhor retorno sobre investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).

Durante esta quarta-feira (08), foram apresentados os seguintes NAPIs no evento: Proteínas Alternativas; Alimento e Território; Alimentos Saudáveis; Paraná Faz Ciência; Hidrocarbonetos; Inova Vitis; Saúde; Startup Life; Taxonline; Prosolo; Enfezamento do Milho e Wood Tech.

Proteínas Alternativas – tem como objetivo fortalecer o Paraná como produtor de alimentos, utilizando inovações em biotecnologia, engenharia biológica e de bioprocessos, medicina veterinária, zootecnia, engenharia de alimentos, administração e agronomia entre outras áreas. Áreas voltadas ao desenvolvimento das etapas essenciais para a produção de proteínas alternativas, consolidando a pesquisa, a extensão e o ensino na área, para o estabelecimento desta nova indústria de alimentos no Estado.

Podem ser citadas como ações efetivas até o momento do NAPI, a Fundação do Laboratório de Zootecnia Celular da Universidade Federal do Paraná (UFPR), primeiro laboratório de pesquisa, ensino e extensão na área de zootecnia celular da América Latina; a Fundação do SFoodLab da UFPR, Laboratório de Pesquisa sobre Cadeias Sustentáveis de produção de Alimentos, a inserção da disciplina "Introdução à Zootecnia Celular", a Fundação da Associação Brasileira de Agricultura Celular, a primeira da América Latina, a Publicação de livro-texto sobre carne cultivada, a convite da renomada editora Springer-Nature, que está em fase final de edição e a implantação de parcerias internacionais e do projeto Bife sem Bicho.

O valor do investimento em nosso NAPI é de R$ 5.7 milhões e a próxima meta é a de finalizar a aquisição de equipamentos para que todas as seis equipes de pesquisadores, de diferentes áreas e instituições que compõem o  NAPI possam atingir seu funcionamento de maneira completa.

“Acredito que a forma pela qual o Governo do Estado utiliza para colocar o Paraná na linha de frente com relação à inovação e várias áreas do conhecimento, seja uma das mais bem estruturadas que eu conheço, pois por meio dos NAPIs, o Estado se posiciona e se destaca com a criação de redes, sendo que essas redes são articuladas por pesquisadores renomados”, afirmou a articuladora do NAPI Proteínas Alternativas, Carla Forte Molento.

Hidrocarbonetos (HCR) - a demanda principal deste NAPI é a promoção de conexões entre os principais ativos já existentes no Estado em tecnologias de produção e uso de combustíveis renováveis e sustentáveis, capazes de reduzir a pegada de carbono do setor de transporte aéreo e rodoviário e contribuir à transição energética para uma economia de baixo carbono.

Este NAPI foi criado há mais de dois anos, e neste período de trabalho teve 21 artigos publicados em revistas indexadas, sendo 13 diretamente ligadas às linhas do NAPI, nove publicados por bolsistas, dois artigos submetidos e dois artigos em fase de submissão, além de apresentações e resumos publicados em congressos.

“Com a criação deste NAPI, pudemos promover o conceito de desenvolvimento sustentável de forma ampla e a possibilidade de novos negócios no âmbito da economia de baixo carbono. Está sendo possível também a criação de novas empresas e de novas modalidades de negócio para empresas já consolidadas com base na conectividade entre nichos explorados pelo NAPI”, ressaltou o professor e membro do NAPI HCR, Alessandro Bail.

Os principais projetos do NAPI são: "Apoio à internacionalização do NAPI-HCR junto à West Virginia University (WVU): engenharia e otimização de processos", parceria entre UFPR, UEM, UNIOESTE e WVU e "Transição Energética e Economia de Baixo Carbono no Agronegócio do Paraná", parceria entre CIBiogás, GIZ e UFPR.

Enfezamento do Milho -  foi instituído em 2023 para atender a uma demanda do setor agrícola do Estado, que vem registrando prejuízos causados pelos enfezamentos e viroses transmitidas pela cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis). Ainda há grande dificuldade de manejo e desconhecimento sobre técnicas, produtos e genéticas que propiciem controle efetivo para as condições do Paraná, considerando as interações patógeno-hospedeiro-ambiente.

Por este motivo, a rede de pesquisa foi organizada em três eixos prioritários, que irão compor um esforço estadual na integração das informações e dados, de forma a permitir a sistematização dos resultados, para fundamentar a indicação dos critérios técnicos de manejo do complexo de enfezamentos do milho no Paraná.

Os eixos temáticos da pesquisa são: Monitoramento de cigarrinhas (Dalbulus maidis) e patógenos do Complexo de Enfezamento do Milho; Avaliações das reações de cultivares de milho (híbridos e variedades) e Avaliações da eficácia da aplicação de inseticidas sintéticos e biológicos no controle de Dalbulus maidis.

“Todas nossas ações são desenvolvidas por uma equipe altamente qualificada que possui um ótimo relacionamento pessoal. Além disso, priorizamos parcerias, rapidez  e eficácia dos resultados, o que acaba gerando grande visibilidade de nossas iniciativas, alta capilaridade e impacto positivo no Estado”, enfatizou  o articulador do NAPI Enfezamento do Milho, Ivan Bordin.

Saúde -   foi criado em 2019 com o PPSUS, que é o Programa Pesquisa para o Sistema Único de Saúde: Gestão Compartilhada em Saúde do Ministério da Saúde, voltado para a descentralização do fomento à pesquisa nesta área a fim de promover o desenvolvimento científico e tecnológico, por meio de pesquisas em temas prioritários para a saúde da população de cada unidade federativa.

O NAPI Saúde incorporou, na Pandemia da COVID-19, outros Programas como: de pesquisa colaborativa Araucária e FAPESP; de pesquisa aplicada à saúde, de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e de inovação, e de apoio institucional para ações extensionistas junto à rede paranaense de diagnóstico molecular de SARS – COV – 2.

Em 2024 um novo projeto está sendo formatado para ser incluído no NAPI, é o Hospital Amigo do Trabalhador: Integralidade à Saúde com Recursos de Inovação Tecnológica e Ambiente Laboral Seguro, que atuará na prevenção do desenvolvimento de doenças relacionadas ao trabalho do profissional da saúde, desenvolvendo tecnologias para proteção desses trabalhadores.

“Nosso maior objetivo é criar estratégias de aplicação e de incorporação dos resultados já alcançados pelo PPSUS, proporcionando a inter-relação de diversas áreas profissionais, com suas especialidades e possibilitando o fortalecimento das relações de cooperação entre instituições com os órgãos de saúde. Desta forma, acontece um maior entendimento quanto aos temas prioritários da área, com ênfase nos impactos das condições de saúde e na qualidade de vida dos agentes envolvidos”, disse a articuladora do NAPI Saúde, Aline Franco da Rocha.

Startup Life – tem como objetivo estimular o empreendedorismo por meio de capacitações para o desenvolvimento de bens, serviços e processos inovadores. Dentro do espaço destinado a este NAPI, pode-se citar o exemplo da investidora da startup AZAGROS - Agro Digital, Taiuska Villa de Lima.  A startup é focada em atender o setor agrícola com soluções inovadoras para otimizar resultados, monitorar atividades e fortalecer a relação entre produtores, revenda de insumos e técnicos.

“A nossa plataforma veio para causar uma diferença no mercado em relação à gestão coordenada de plantio na parte de gestão agronômica digital. Nós conseguimos fazer todo o controle desde o que o agrônomo indica para a preparação do solo, monitoramos o uso das sementes, conseguimos monitorar todas as aplicações dos produtos que são usados com ênfase aos bioinsumos e à agricultura orgânica. Até uma gestão integrada em termos de informação onde conseguem criar um relatório do agrônomo para a fazenda onde ele consegue mapear e delinear todas as recomendações e práticas aplicadas”, explicou Taiuska.

Madeira Engenheirada (Wood Tech) - Possui como prioridade o desenvolvimento de um produto de alto valor agregado a partir da madeira do Paraná. Os estudos levarão a produtos à base de madeira com elevadas resistências química, biológica e mecânica, além de vasta durabilidade.

Para o professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Rodrigo Scoczynski Ribeiro, espera-se, com as ações do NAPI, proporcionar a inovação e o desenvolvimento tecnológico na indústria da madeira, difundindo e desmistificando o uso deste material para os mercados interno e externo.

“A sociedade receberá um novo material sustentável para a construção de casas e edifícios, seja como elemento de arquitetura ou como parte estrutural, podendo também permear pela indústria moveleira. Os estudos também servirão para o desenvolvimento da indústria madeireira, influenciando diretamente na geração de empregos e transformando madeiras como Pinus e o Eucalipto em ativos do Estado”, enfatizou Rodrigo.

Alimento e Território -  os principais objetivos deste NAPI são a coprodução de conhecimentos na interface universidade-território por meio da formação, da pesquisa e da extensão, tendo como base o desenvolvimento sustentável. E também a potencialização dos saberes populares que mobilizam patrimônios e ativos territoriais na produção de bens e serviços que contribuem para o desenvolvimento do Sudoeste e do Litoral do Paraná, contribuindo para aumentar a renda das famílias e tornar o Estado referência internacional no desenvolvimento territorial sustentável.

A formação do Laboratório Territorial de Pesquisa e Extensão, em especial, com a incorporação de famílias de agricultores familiares e suas cooperativas que estão sendo atendidas pela equipe do NAPI (por exemplo, com distribuição de mudas de batata-doce, mandioca e de sementes orgânicas de distintas variedades de hortaliças, para acompanhamento, experimentação e análise). E a qualificação e ampliação de convênios e cooperações internacionais, principalmente com universidades da França, Itália, Uruguai, Colômbia, Argentina e Chile são algumas das principais ações do NAPI.

“Para 2024, estamos prevendo avançar na coprodução de conhecimentos na interface universidade-território, especialmente entre discentes, docentes, lideranças comunitárias e políticas, camponeses e camponesas. Construir a casa de vegetação e as três cozinhas supracitadas para aumentar a produção de mudas e transformar alimentos das famílias atendidas pelo NAPI.  Ampliar as pesquisas de campo e a redação de textos para publicação na forma de artigos, livros e capítulos de livros e analisar os dados empíricos coletados no Laboratório Territorial a partir da distribuição de mudas e sementes orgânicas. E por fim, realizar um evento internacional com a presença de avaliadores externos, para debater e qualificar o NAPI Alimento e Território”, informou o articulador do NAPI Alimento e Território, Marcos Saquet.

Paraná Faz Ciência - uns dos principais objetivos deste NAPI é o de estruturar uma Rede Paranaense de Pesquisadores e Instituições com atuação na área de Divulgação e Popularização da Ciência; contribuir de maneira significativa para a Cultura Científica e Educação em Ciências no Paraná e ampliar o interesse dos jovens pela ciência e carreiras científicas.​

Fortalecer o diálogo com a sociedade e educação básica por meio de ações e atividades de Divulgação e Popularização da Ciência​ e consolidar o Paraná como uma referência nacional  nesta área, também são prioridades.​ “Podemos destacar o trabalho da ciência como um produto que seja de domínio do povo. A ideia é a de elaborar estratégias de divulgação e popularização da ciência para aproximar tudo que é desenvolvido nas Universidades da sociedade. Fazendo também com que a sociedade seja partícipe desse processo de construção da ciência”, disse o articulador do NAPI e professor da Universidade Federal do Paraná, Rodrigo Arantes Reis.

Articular as ações dos Ecossistemas Regionais de Ciência, Tecnologia e Inovação do Paraná, com ações de Divulgação Científica voltados às potencialidades regionais são características do NAPI. “O NAPI traz para a população paranaense o sentimento de pertencimento à ciência. Faz com que as pessoas tenham o conhecimento de que pesquisas renomadas são desenvolvidas no Estado e que possuímos cientistas muito qualificados. E, ainda, que esse conhecimento produzido é útil para a nossa vida cotidiana”, informou a articuladora do NAPI e professora da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Débora de Mello Gonçales Sant’Ana​.

A partir deste NAPI, três grandes projetos foram construídos: Programa Interinstitucional de Ciência Cidadã na Escola (PICCE); Conexão Ciência e Paraná Faz Ciência.

Taxonline - após três anos de trabalho, este NAPI conseguiu reunir 50 coleções biológicas das áreas da Botânica, Zoológica e Microbiológicas. As coleções biológicas são a base para qualquer estudo em biodiversidade e aplicação biotecnológica. Também foram descritas mais de 230 espécies novas de grupos diversos como insetos, bactérias, fungos, plantas, anelídeos, ascídeas e peixes (que não eram conhecidas pela ciência).

De acordo com a articuladora do NAPI e professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Luciane Marinoni são mais de 1,2 milhão registros já liberados de todas as coleções.Ela explica que as coleções biológicas estão em todos os setores. “As coleções e as informações que estão nelas contidas dão condições para definirmos, por exemplo, o que são espécies exóticas e as que são invasoras ou não. Aquelas que podem causar danos à agricultura por exemplo e a partir disso definir as espécies que podem ser utilizadas para controle biológico destas espécies consideradas exóticas”, ressalta a pesquisadora.

Também é possível observar as espécies que estão em extinção ou não, além de poder monitorar e prever mudanças climáticas, quais são os grupos que estão sofrendo com as mudanças climáticas e o motivo. “Podemos prever o que vai acontecer se tivermos mais impacto na biodiversidade. Também podemos monitorar, por exemplo, bacias sedimentares para definir onde há óleo e gás para serem buscados e utilizados para a população. Na biotecnologia as coleções têm informações genéticas que são importantíssimas para a produção de medicamentos, cosméticos, entre outros”, destaca Luciane Marinoni.

Alimentos Saudáveis – tem como propósito de atuação articular a academia, as empresas, o governo e a sociedade civil organizada para a inovação, com foco na ciência, tecnologia e inovação, na assertividade no uso de recursos e sinergia entre as instituições. Além disso o objetivo é organizar uma rede de pesquisadores na área de alimentos saudáveis, desenvolver produtos e serviços que impactem diretamente a população do Paraná e tornar-se referência internacional na temática de pesquisa proposta.

A proposta deste NAPI foi apresentada em março deste ano para as grandes empresas da cadeia produtiva. Em seguida, a submissão do projeto foi pré-aprovada pelo Conselho do Governo do Paraná. Em maio foi realizado um evento de apresentação e tendências e perspectivas de mercado envolvendo os alimentos do futuro, e também foi feita, a construção do plano estratégico para definição de diretrizes do NAPI. Em agosto, o planejamento estratégico e de governança foi apresentado, e por fim, em setembro, a priorização de demandas foi definida.

“Nossas expectativas com relação à implantação deste NAPI é termos produtos alimentícios com agregação de valor, que sejam diferenciados e com propriedades nutricionais diferenciadas, realizar a promoção da saúde, o melhoramento genético de plantas e animais e o desenvolvimento socioeconômico. Além de todo esse processo, podemos ter produtos mais competitivos e melhor percepção do setor produtivo frente ao Sistema Estadual de Inovação”, comentou o articulador do NAPI e diretor do Biopark - Educação, Paulo Rocha.

Prosolo – o objetivo deste NAPI é a criação da maior Rede de AgroPesquisa  Aplicada do país, monitorando a qualidade do solo e da água em microbacias de referência no Paraná. Com isso, a capacitação, a pesquisa, a conscientização e a análise da legislação são fundamentais.

Este NAPI é constituído por meio de uma parceria entre a Araucária, o SENAR e a SETI, e conta com pesquisa interdisciplinar em sete mesorregiões, envolvendo 150 pesquisadores e 19 instituições relacionadas ao tema.

Os resultados já alcançados dizem respeito à conservação dos solos e da água, culminando na produção de alimentos e água e levando em consideração as demandas da sociedade. Com isso, foram implantadas alternativas de diferentes rotações regionais considerando a cobertura do solo e o manejo de resíduos culturais e também alternativas técnicas para minimizar os problemas de compactação de diferentes solos, manejos  e climas.

“Além da modelagem para cada mesorregião, procuramos também priorizar publicações científicas e transferência de tecnologia aos técnicos e agricultores, por meio da publicação de dois livros, sendo que um já foi lançado neste ano.Com isso, estabelecemos a formação de rede, escala e delineamento das iniciativas”, salientou o professor e membro do NAPI Prosolo, José de Oliveira.

Inova Vitis – É focado  na vitivinicultura, destacando a importância econômica e social desta área, pelo expressivo volume de negócios e por ser relevante gerador de postos de trabalho e renda.

Este NAPI que está em processo de assinatura do convênio e possui dois eixos principais serão priorizados: a produção sustentável de uvas de mesa em sistemas de cultivo protegido e novas cultivares e bioinsumos visando a produção sustentável de uvas de processamento.

“Esperamos desenvolver ações como o fortalecimento da cadeia produtiva, a ampliação da produção de uvas no Paraná, a integração da rede de pesquisa em vitivinicultura no Estado, o estímulo de ações de internacionalização e atração e retenção de inovações”, informou a articuladora do NAPI Inova Vitis, Alessandra Detoni.

Todas as apresentações da Semana Geral dos NAPIs estão sendo transmitidas pelo canal da Fundação Araucária no YouTube.

Mostra dos NAPIs – Durante a Paraná Faz Ciência 18 dos Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (NAPIs) estarão sendo apresentados nos estandes que fazem parte da programação da Semana Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, das 8h às 18h no Centro de Ciências Biológicas - CCB.

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