Universidades estaduais estão entre as melhores do Brasil 10/09/2013 - 09:04

Duas universidades estaduais do Paraná estão entre as melhores instituições de ensino superior do Brasil. A Universidade Estadual de Maringá (UEM) e a Universidade Estadual de Londrina (UEL) ocupam o 22º e 23º lugares do Ranking Universitário Folha 2013 (RUF), divulgado nesta segunda-feira pelo jornal Folha de S. Paulo. Primeira no Paraná, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) aparece em nono na classificação geral do país. E a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC) é a 34º colocada.

Para o secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes, a classificação é resultado do investimento do governo do Estado no sistema de ensino superior, com reflexos na pesquisa, na qualificação dos docentes e no empenho dos servidores.

O ranking, realizado este ano pela segunda vez, mede a qualidade das 192 instituições, que foram avaliadas na pesquisa, inovação, internacionalização, ensino e mercado. Nestas classificações setorizadas, a UEM, por exemplo, aparece em 14º quando a inovação é analisada e em 17º com relação ao ensino.

No rol das 50 melhores instituições de ensino superior foram classificadas ainda outras duas do sistema público do Paraná mantido com recursos do governo estadual: a Universidade Estadual do Oeste (Unioeste) ficou em 45º e a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) em 46º.

De acordo com a Folha de S. Paulo, a s regiões Sul-Sudeste concentram 19 das 25 melhores universidades do país. São Paulo aparece à frente, com cinco instituições, seguido por Rio de Janeiro (quatro), Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul (três cada) e Santa Catarina (uma). O Nordeste tem quatro (Bahia, Ceará, Paraíba e Pernambuco) e o Centro-Oeste, duas (Goiás e Distrito Federal). O ranking geral é encabeçado pela Universidade de São Paulo (USP) seguida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). A região Norte não aparece no grupo principal.

INDICADORES - Em sua segunda edição, o RUF manteve a filosofia e aperfeiçoou a metodologia para contemplar duas grandes áreas de interesse: a produção científica – aferida com base em indicadores de pesquisa, inserção internacional e inovação – e a graduação, calcada na avaliação da qualidade de ensino e na ressonância da instituição no mercado de trabalho.

No total, são avaliados 5 indicadores, subdivididos em 16 subindicadores, que geram rankings independentes e podem ser consultados separadamente.

É na área de graduação que está a maior novidade deste ano: o ranking de ensino, uma análise extensiva inédita dos indicadores dos cursos ministrados em 2.358 instituições.

A avaliação contempla as 30 carreiras com maior número de estudantes matriculados em 2011 (último dado disponível no instituto de pesquisa do MEC, o Inep).

Conduzido pelo Datafolha, o levantamento usa basicamente os mesmos critérios de ensino e mercado do ranking geral de universidades, mas com adaptações metodológicas para atender às diferenças de propósitos das instituições.

A USP aparece com destaque nesse levantamento pormenorizado, com o maior número de cursos no top 10 das 30 carreiras analisadas. A maior universidade estadual paulista só não pontua em serviço social porque não tem essa graduação.

Outra novidade do RUF 2013 é a criação do ranking de internacionalização, liderado na estreia pela Universidade Federal do ABC. Criada em 2005 e com um modelo inovador de ensino, a instituição tem 100% de docentes com doutorado e desponta no 21º lugar do ranking de pesquisa científica do RUF.