FAPs participam do combate nacional ao mosquito Aedes aegypti 21/01/2016 - 15:30

O CONFAP (Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa) vai articular a adesão das FAPs ao Plano Emergencial de Enfrentamento às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, lançado dia 8 de janeiro de 2016. A ser coordenado pelo Ministério da Saúde, o plano aborda aspectos que envolvem as fundações estaduais para alavancar a pesquisa sobre doenças como dengue, febre zika e chikungunya . 

“Estamos juntando informações sobre a situação destas doenças e os investimentos em cada estado, enfim, todas as questões ligadas ao ambiente, vacinas, kits de avaliação, em especial o que pode ser aplicado imediatamente pelo SUS”, disse Sergio Gargioni, presidente do CONFAP. “Temos até dia 22 para fazer este mapeamento, pois neste dia vamos apresentá-lo numa reunião no Ministério da Saúde.” 

O CONFAP já criou um Grupo de Trabalho, coordenado pelo diretor científico da FAPERJ (Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio e Janeiro), Jerson Lima Silva, que vai aproveitar experiências de Pernambuco, São Paulo, do Distrito Federal e Paraná, entre outros. “Deverá ser feito um programa emergencial, com envolvimento de mais fundações estaduais,” acrescentou Gargioni. O assunto foi um dos itens da pauta da reunião promovida no dia 11 de janeiro pelo ministro Celso Pansera, com secretários do MCTI, presidentes de agências como FINEP, CAPES e CNPq, além do presidente, da vice-presidente Maria Zaira Turchi e outros membros do CONFAP. Eles haviam participado da sanção do novo marco de CTI (Lei 12.243/2016), publicada no Diário Oficial da União em 12 de janeiro.

Paraná 

A parceria entre as secretarias de Estado da Saúde e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior dará início a um novo edital que seleciona projetos de pesquisa sobre o zika vírus no Paraná. A abertura do chamamento está programada para acontecer ainda no primeiro semestre de 2016. Os secretários da Saúde, Michele Caputo Neto, e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, João Carlos Gomes, reuniram-se na última quarta-feira (20) com o presidente da Fundação Araucária, Paulo Roberto Brofman, e o diretor administrativo e financeiro da fundação, José Carlos Gehr, para estabelecer as regras do edital. 

“Vamos dar incentivo a diversos tipos de pesquisas que dizem respeito ao zika vírus. O edital vai abranger estudos que vão desde a prevenção e o combate ao vetor Aedes aegypti, até o diagnóstico de casos e possíveis tratamentos para a doença”, salienta Michele. Neste momento, a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior está disponibilizando R$ 1 milhão para o edital. “Já definimos o valor inicial, mas continuamos em contato com parceiros para que possamos aumentar essa quantia e, consequentemente, poder atender a um número maior de projetos”, explica Gomes. 

PESQUISAS – De acordo com Brofman, a Fundação Araucária já iniciou o levantamento de pesquisas feitas no Estado. “Essa investigação é realizada previamente em institutos de pesquisa e instituições de ensino superior para que os valores do edital sejam direcionados da melhor forma possível”, diz. O presidente da Fundação Araucária conta que foram verificadas pesquisas muito avançadas em relação ao diagnóstico do zika; pesquisas com pesticidas que auxiliam na eliminação do mosquito; e também repelentes para evitar a picada do inseto. “Nesta fase do projeto, vamos priorizar pesquisas que em curto prazo já nos tragam novos produtos nas prateleiras do comércio”, finaliza. 

Fontes: Assessorias de Comunicação do CONFAP e da Secretaria Estadual da Saúde.

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