Governo investe mais de sete milhões no Programa Universidade Sem Fronteiras 21/07/2016 - 09:50

A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) lançou nesta terça-feira (19) o novo edital do Programa Universidade Sem Fronteiras (USF) que prevê um investimento de cerca de R$ 7 milhões em atividades de extensão desenvolvidas pelas universidades estaduais do Paraná em municípios com baixo Índice de Desenvolvimento Humano IDH. O edital irá contemplar 85 projetos nas áreas de Educação, Promoção da Saúde, Agricultura Familiar e Agroecologia, Inovação e Diversidade Cultural, Inclusão e Direitos Sociais, que serão desenvolvidos a partir de janeiro de 2017. O presidente da Fundação Araucária, Paulo Brofman, também esteve presente no evento.

O secretário João Carlos Gomes destaca a importância do investimento nas ações de extensão desenvolvidas pelas universidades. “O programa USF é uma ação que integra as universidades com as comunidades e promove a aplicação de políticas públicas de extensão. Trata-se de um programa de Estado que contribui para o desenvolvimento e transformação das regiões paranaenses mais carentes”, ressaltou o secretário. Estão previstos até R$ 82,5 mil para cada proposta selecionada e as ações do USF serão custeadas com recursos do Fundo Paraná. As bolsas auxílio têm valores de R$ 1.030, para o professor orientador; R$ 2 mil para profissionais recém-formados; e R$ 750 para estudantes. 

As universidades estaduais são responsáveis pelas ações dos projetos, incluindo a divulgação e a seleção pública dos bolsistas. Existe a possibilidade de envolvimento de instituições parceiras no planejamento e na execução das atividades previstas nos projetos. No último edital, 139 cidades foram atendidas com as ações desenvolvidas pelos projetos de extensão. A Universidade Estadual de Londrina (UEL) foi a instituição com o maior número de projetos contemplados, com 16 projetos, seguida pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) com 14, a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), com 12, a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e Universidade Estadual do Paraná (Unespar) com 11 cada uma, a Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) com 10 e a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) com 6, distribuídos nos cinco subprogramas. 

Entre os projetos aprovados no último edital no USF, no subprograma Apoio à Saúde, da UEL, está o da professora Solange de Paula Ramos que atende crianças matriculadas na Casa Acolhedora Mãe e Senhora de Todos os Povos, localizada no Parque Universidade. A Casa Acolhedora atende cerca de 400 famílias, e mantém atividades de contra turno escolar para 80 crianças, com idade entre 5 a 14 anos. O projeto denominado “Integra - Ações interdisciplinares com grupos sociais vulneráveis, com o subprojeto "Ação Sorriso - programa de saúde bucal e integral" atua sobre fatores de risco para cárie em crianças em situação de vulnerabilidade social. 

A coordenadora do programa USF na SETI, Sandra Cristina Ferreira, destaca a importância que as atividades desenvolvidas pelos professores e estudantes das universidades tem nas comunidades. “Os relatos das pessoas citam a oportunidade de mudança para melhor e aumento da qualidade de vida. Em todas as áreas de atuação, os resultados são visíveis, como o aumento da renda por meio da adequação da produção de produtos orgânicos, a melhoria da saúde de crianças devido ao tratamento da saúde realizado nas creches, do acesso à cultura e entretenimento por meio de exposição de filmes para comunidades distantes de grandes centros e desprovidas de recursos. Enfim, onde tem Universidade Sem Fronteiras a mudança acontece, a presença da universidade junto à comunidade leva esperança à população de diferentes idades”, esclarece Sandra Ferreira. 

UNIVERSIDADE SEM FRONTEIRAS - O programa Universidade Sem Fronteiras (USF) teve início em 2007 e foi instituído em 2010 por meio da Lei 16.643 como política pública de Estado. O USF tem por objetivo desenvolver projetos de extensão, prioritariamente, em municípios paranaenses com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e bolsões de pobreza. As ações são realizadas por meio de equipes multidisciplinares compostas por professores, estudantes de graduação e profissionais recém-formados (até três anos) das universidades e instituições parceiras envolvendo diferentes áreas do conhecimento.

Fonte: Assessoria de Comunicação da SETI.

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