Instituições de fomento à pesquisa discutem elaboração de um programa nacional 10/02/2017 - 13:30

Fundações de Apoio à Pesquisa de 15 estados do país, além de entidades nacionais de fomento à pesquisa e inovação, participaram, no último dia 09, de uma Reunião de Trabalho promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e Comunicação (MCTIC) e Conselho Nacional das Fundações de Apoio à Pesquisa (Confap).  O diretor administrativo e financeiro da Fundação Araucária, José Carlos Gehr, também participou do evento.

Com o tema “Programas e instrumentos de apoio ao empreendedorismo de base tecnológica”, três mesas de debate se revezaram sobre questões, propostas, pesquisas e modelos de empreendedorismo de base tecnológica existentes ou aplicáveis ao Brasil. Para especialistas, Brasil precisa transformar conhecimento em geração de riqueza.

O secretário de desenvolvimento tecnológico e inovação, Álvaro Prata (SETEC/MCTIC), afirmou que “o Brasil tem conhecimento científico mas não consegue usá-lo amplamente para geração de riqueza econômica e em benefício da população”. 

Diante desse desafio, o secretário acredita que estruturar programas nacionais, discutindo com cada estado da federação suas diferentes realidades, bem como com as entidades de amparo à pesquisa pode ser o caminho mais produtivo para superá-lo.

Mais de 40 participantes discutiram a possibilidade da montagem de um programa nacional voltado para o empreendedorismo de base tecnológica. “Se tivermos condição de colocar o que se propõe em marcha, teremos cumprido nosso dever. Fala-se muito da economia, mas temos no conhecimento, nossa grande possibilidade. Os grandes investimentos do mundo caminham nessa direção”, disse Sérgio Gargioni, que também presidente da FAPESC (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina).

Muitos debatedores acentuaram a necessidade a realização de um esforço nacional, articulado com as FAPs, para colocar em movimento um processo de mobilização da sociedade, capaz de impactar na cultura na inovação e do empreendedorismo tecnológico brasileiro.

O presidente-diretor da FAPDF, Wellington Almeida, disse que “as boas experiência já consolidadas podem alavancar um programa nacional que atenda à demanda crescente das empresas de base tecnológica por programas mais estruturados de pesquisa e fomento”, afirmou. 

Para dar continuidade ao processo iniciado nessa semana, o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações e Comunicação, Gilberto Kassab, enfatizou que um dos caminhos para sair da crise é aposta do empreendedorismo, pesquisa e inovação, “que esse possa ser um fórum permanente, reunindo-se presencialmente e virtualmente, com o apoio das agências de pesquisa. Somando esforços podemos ter de fato uma política de Estado”, afirmou.

Apresentaram-se no workshop representantes das fundações de amparo à pesquisa do Espírito Santo (Fapes), de Minas Gerais (Fapemig), de Santa Catarina (Fapesc) e de São Paulo (Fapesp), da Academia Brasileira de Ciências (ABC), da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), além do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).


Fonte: Assessoria de Comunicação da 

Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal.


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