Investimento em ciência, tecnologia e inovação resulta em ações benéficas voltadas à comunidade científica e população paranaenses 12/01/2017 - 12:50

A Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná (FA) tem como finalidade básica amparar a pesquisa e a formação de recursos humanos, visando o desenvolvimento científico, tecnológico e socioeconômico do Estado. Entre os anos de 2011 a 2016 foram aplicados mais de R$383 milhões de reais nestas áreas, aprovados aproximadamente quatro mil projetos e 18 mil bolsas. 

“O principal objetivo da Fundação Araucária é o de fazer com que os projetos, pesquisas e programas obtenham resultados e que estes resultados sejam aplicados em benefício da sociedade como um todo”, ressalta o presidente da Fundação Araucária, Paulo Brofman.

As três pesquisas que serão apresentadas a seguir são alguns dos exemplos de iniciativas que obtiveram resultados positivos aplicados na comunidade científica e na população paranaenses. O livro “Imagem Contestada – A Guerra do Contestado pela Escrita do Diário da Tarde (1912-1916) é uma publicação da professora do curso de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa - Karina Janz Woitowicz. A obra foi financiada por meio da chamada pública da Fundação Araucária, de 2012, referente às publicações científicas – livros e periódicos. O livro  recebeu o prêmio Jabuti de 2015.

Criado em 1958, o Jabuti é o mais tradicional prêmio do livro no Brasil.O maior diferencial em relação a outros prêmios de literatura é a sua abrangência: Além de valorizar escritores o prêmio destaca a qualidade do trabalho de todas as áreas envolvidas na criação e produção de um livro.

A “Imagem Contestada” de Karina Janz Woitowicz é resultado da pesquisa que para a construção da dissertação de mestrado defendida, em 2002, no Programa de Pós-Graduação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos – RS). Na introdução da obra, a autora explica que se trata de texto centrado no estudo dos discursos midiáticos que produziram o Contestado articulando vozes, opiniões e acontecimentos no principal jornal paranaense das primeiras décadas do século XX.

Outro projeto de bastante destaque financiado pela FA é o da empresa Riole Eletrônica, que faz parte do edital lançado em 2013, relacionado ao Programa TECNOVA/PR – que apoia micro e pequenas empresas que desenvolvem produtos voltados à tecnologia e inovação. A Riole Eletrônica desenvolveu uma nova tecnologia para otimizar a digitalização de áudio e vídeo das audiências dos processos do judiciário, facilitando a consulta posterior de todas as ocorrências da audiência. Esta tecnologia permite a gravação de áudio e vídeo de todos os participantes e intervenientes da audiência, atendendo a demanda apresentada e as novas exigências que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tem proposto. 

“Iniciativas como estas são muito importantes para que o Paraná possa crescer ainda mais e, futuramente, ser um grande exportador de tecnologia. Já que potencial humano para isso nós temos”, disse o presidente da Riole Eletrônica Eloir Antonio Mouro. Ele lembrou ainda que a empresa venceu uma licitação aberta este ano e fornecerá kits para 99 varas do Tribunal de Justiça no estado. Também está em negociação com outros três estados para fornecer a tecnologia desenvolvida no projeto contemplado no Programa TECNOVA. 

O terceiro exemplo de projeto também apoiado pela Fundação Araucária é relacionado às doenças transmitidas por meio do mosquito Aedes Aegypti . Nos últimos anos, não só a dengue mobilizou a comunidade científica brasileira. Os esforços se concentraram no enfrentamento de uma tríplice epidemia, com a emergência dos vírus chikungunya e zika, transmitidos pelo mosquito vetor e que circulam de forma simultânea no país. Os resultados de pesquisas desenvolvidas na área pelo Laboratório de Virologia Molecular do Instituto Carlos Chagas (ICC/ Fiocruz Paraná) e pelo Laboratório de Anatomia Patológica da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) ganharam reconhecimento nacional e internacional e a atuação dos pesquisadores vem contribuindo significativamente para dar respostas à população e buscar soluções.

“O maior objetivo da realização desta pesquisa é com relação ao aspecto informacional e científico, pois é um fato novo e as pessoas possuem muitas dúvidas. Desta forma, estamos investigando formas de prevenção, tratamento e prognóstico da doença. Temos também o objetivo de produzir kits diagnósticos mais acessíveis às pessoas, pois nem todas as cidades possuem grandes centros de diagnósticos como Curitiba”, informa a médica e responsável pelo laboratório de anatomia patológica da PUCPR, Lúcia Noronha. 

 

 

 

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