Presidentes pedem maior articulação nos setores jurídico e de comunicação 09/11/2016 - 13:10

O segundo dia do fórum do CONFAP (Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa), realizado em Campo Grande, teve foco em questões pontuais das FAPs. Os principais temas levantados foram a integração das assessorias de imprensa e a articulação dos setores jurídicos. O último fórum de 2016 foi promovido pela FUNDECT (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul) nos dias 8 e 9 de novembro. O diretor administrativo e financeiro da Fundação Araucária, José Carlos Gehr, também participou do Fórum.

A coordenadora de comunicação do CONFAP, Heloisa Dallanhol, abriu a reunião com os presidentes apresentando as conclusões e decisões tomadas na reunião dos assessores das FAPs, que aconteceu no dia 8. “Nós precisamos fortalecer a comunicação entre as FAPs para levar exemplos de pesquisas com resultados positivos a quem possa transmitir esses resultados ao público, como secretários de ciência e governadores”, enfatizou aos presidentes. Ela citou o sucesso do programa Mídia Ciência, da anfitriã FUNDECT, que fez a equipe de comunicação e os canais de divulgação científica crescerem nos últimos dois anos.

Alguns presidentes de FAPs, como Wellington Lourenço de Almeida da FAPDF, relataram dificuldades em ter um assessor de comunicação na Fundação, e mesmo de melhorar a estrutura. O presidente Eduardo Costa, da FAPESPA, realtou que, apesar de a equipe restrita, ela se mantém motivada, e que “o plano de comunicação dialoga com o planejamento estratégico da FAPESPA”.

Questões jurídicas

Na mesma linha de levar os procedimentos das FAPs ao conhecimento de outros órgãos a fim de melhorar o aporte de recursos, foi discutida a necessidade de integrar os setores jurídicos das Fundações e capacitar os procuradores por meio de encontros técnicos, atualizando-os a respeito da legislação atual. Para alguns presidentes, esse é o primeiro passo para levar aos Tribunais de Contas a mentalidade de CTI, pois o desconhecimento sobre o setor  barra ações das FAPs e avanços.

A questão foi levantada a partir da apresentação sobre a regulamentação do Marco Legal de CTI, feita por Cristina Leftel, procuradora jurídica da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).  Ela e o presidente do CONFAP, Sergio Gargioni, demonstraram preocupação com esses trâmites: “O MCTIC se incumbiu de reunir um grupo de trabalho para discutir a regulamentação, e infelizmente as pessoas que fazem parte não acompanharam a nossa luta para construir essa legislação, desfazendo alguns avanços que havíamos conquistado”, disse Gargioni. É provável que haja uma consulta pública sobre a minuta da regulamentação, como foi feito na metade deste ano após a aprovação do Marco Legal.

A reunião foi encerrada com a apresentação de Leide Takahashi, da Fundação Grupo Boticário, que falou dos projetos desenvolvidos em parceria com a FUNDECT, FAPEG e Fundação Araucária. Ela se colocou à disposição para firmar novas parcerias, em caso de interesse de outras FAPs.

Assessores de Comunicação de FAPs ganham espaço no Fórum CONFAP

As conclusões da Reunião dos Assessores de Comunicação de FAPs foram apresentadas como primeiro item da pauta do Fórum CONFAP, encerrado dia 9 de novembro, em Campo Grande. Vários presidentes reconheceram o papel estratégico da divulgação e principalmente do jornalismo científico para dar visibilidade a oportunidades e resultados de pesquisa.


A crescente importância da comunicação nas relações internacionais do CONFAP (Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa) foi abordada por Heloisa Dallanhol, Coordenadora de Comunicação da instituição. Para abordar o caso específico do Fundo Newton, foi convidada a falar Camila Almeida, do Conselho Britânico, um dos parceiros do CONFAP para lançamento e avaliação de chamadas conjuntas.

A jornalista Jéssica Trombini explicou como se dá o aproveitamento de notícias do CONFAP e das FAPs nas esferas nacional e estadual, incluindo publicações do porte do Jornal da Ciência e da Agência CT&I, entre outras questões operacionais.

“Os meios de divulgação usados pelas FAPs: desafios e perspectivas” foram tema do segundo bloco da reunião, conduzida dia 8 de novembro. Bruno Araujo Corrêa, Kátia Bianca Iglesias Rocha Motta e André Henrique Martins da Silva, deram detalhes sobre o programa Mídia Ciência da Fundect, considerado um case de sucesso que pode ser adaptado por outras FAPs e hoje envolve 8 bolsistas. “Conforme a equipe cresce, aumenta o trabalho e a cobrança. Mas quem não tem nenhum publicitário, não consegue fazer quase nada,” conclui Bianca, que coordena o programa. O Midia Ciência serviu de modelo para a Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul e pode ser modelo também para a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, que agora tem como reitor Marcelo Turine, ex-presidente da Fundect, anfitriã do evento.

Maristela Sena dos Santos, coordenadora do Núcleo de Difusão Científica da FAPEMA, falou sobre a comunicação como instrumento de transparência institucional, numa apresentação rica em exemplos e experiências exitosas. O debate final foi mediado por Núbia Rodrigues Barbosa e Renan Rigo, ambos da FAPEG, e teve participação de Adriana Freitas (FAPITEC/SE), Vilma Naísia Xavier (FAPEAL), e de outros assessores presentes.

Fonte: Coordenadoria de comunicação do CONFAP.

GALERIA DE IMAGENS