Primeiro fórum do CONFAP de 2015 é realizado com o objetivo de reafirmar a defesa da ciência, tecnologia e inovação brasileira 03/03/2015 - 15:50

O primeiro fórum do CONFAP (Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa) de 2015 começou nesta terça-feira (03), em Brasília, com depoimentos de presidentes das agências federais de Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI) e a defesa do novo ministro da área, Aldo Rebelo, em favor de uma presença maior dos assuntos de interesse da comunidade científica na pauta nacional. “O meu papel é trabalhar junto ao governo federal, ao Congresso Nacional e assessorias internacionais para valorizar a agenda de Ciência, Tecnologia e Inovação”, disse o ministro, acrescentando que igualmente importante é “recompor fundos do MCTI”. 

O presidente da Fundação Araucária, Paulo Brofman, também está participando do fórum. “Todos temos o mesmo objetivo, que é a defesa da Ciência,Tecnologia e Inovação brasileira”, destacou.

Recém-empossado na presidência do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), Hernan Chaimovich salientou que “existem poucos exemplos de um esforço federativo tão importante como o CONFAP, onde todos os estados estão representados”. Neste sentido foi a declaração do presidente da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), Jorge Guimarães. Hoje temos acordos com todas as FAPs, alguns em fase de contratação, e recomendo que cada uma veja como podemos avançar”, sugeriu.

Na tarde do dia 03, Álvaro Prata, secretário executivo do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, falou sobre os desafios e as oportunidades para CTI durante o Fórum Nacional do CONFAP.  “Temos a nosso favor uma infraestrutura muito bem montada, mas ela precisa ser ‘irrigada’ para que se mantenha”, disse.

Segundo Prata, o Brasil investe anualmente em pesquisa e desenvolvimento 1,4% do seu PIB. Em 2014, o setor público aplicou R$35 bilhões (R$11,5 bilhões dos governos estaduais, a maioria em São Paulo). Este estado, Paraná e Santa Catarina são os que mais aumentaram os repasses para CTI entre 2002 e 2012. Entretanto, para dar resultado, é preciso que esse incremento permaneça a longo prazo, a exemplo de Coréia e China, ambas consistentes no aumento dos valores investidos em CTI.

“É inadmissível que o Brasil ocupe o 64º lugar em termos de Inovação no mundo”, salientou. “O país tem papel de liderança em questões da internet global.” Ele citou programas como o Tecnova, que estimula a inovação em empresas, além da chamada pública lançada em 2014 para INCTs (Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia), num total de R$641 milhões (parceria CNPq, CAPES e FAPs).

Manoel Cardoso, da CAPES, também presente no fórum, disse que atualmente o órgão federal possui acordos de cooperação com 22 Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa, e que para 2009-2021 os recursos pactuados somam R$1,45 bilhões (sendo que disso 41 por cento provem das FAPs). Entre 2005 e 2009, eram 15 os acordos entre CAPES e FAPs, totalizando R$57 milhões.

À noite, as inglesas Jane Elliott e Samantha Riches, ambas do Conselho Britânico de Pesquisa Econômica e Social, participaram do jantar promovido pelo CONFAP como reunião prévia para o fórum iniciado no dia (04).

 

 

Fonte: Assessoria de Comunicação do CONFAP

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